Aqui no sul por tradição, o guasqueiro é muito procurado na hora de comprar materiais para a vestimenta gaúcha e para o cavalo também, uma profissão que já está ficando extinta
Márcia Ximenes Nunes
O guasqueiro é uma das profissões mais antigas do Rio Grande do Sul, são poucos os profissionais que fazem o trabalho artesanal com o couro cru. Guasqueiro vem da palavra “guasca”, que é uma tira ou correia de couro cru usada para produzir peças para a equitação, encilhas de cavalos e na indumentária gaúcha.
Um trabalho todo artesanal e muito bonito, o que é muito comum de ser encontrado nas casas e estâncias dos gaúchos e tradicionalistas.
Através desse trabalho são confeccionados: as bainhas para facas, rédeas, cabrestos, maneias, travessões, selas, chaveiros, cintos, barbicacho do chapéu, botas entre outros.
Para não deixar essa arte morrer, pois faz parte da tradição gaúcha e para o uso no dia a dia nas estâncias, é preciso que surja mais guasqueiros por aqui.
Preservar esse profissional é preservar a tradição!
O trabalho artesanal começa com o preparo do couro, que precisa ser removido do animal, esticado, seco e amaciado. No verão leva dois dias para tê-lo em condições e no inverno pode chegar a 15 dias.
Todo trabalho artesanal é feito com carinho, além de ele ser um produto único, até porque a próxima confecção não será igual.
Para mantermos a nossa tradição precisamos de muitos profissionais para essa área onde é trabalhado o couro na fabricação de materiais essenciais na lida do campo e na indumentária gaúcha.