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Existe toda uma tradição que envolve o uso do lenço na indumentária do gaúcho

O gaúcho nasceu nas fronteiras da Argentina com o Uruguai, e com o extremo sul do Brasil, são a miscigenação indígena luso-brasileira e espanhóis. Suas roupas precisavam ser funcionais por causa da lida campeira e o lenço acompanhou toda a história do gaúcho.

O lenço no pescoço é parte essencial na indumentária gaúcha, antigamente foi usado na cabeça, mas a partir das revoluções políticas no Rio Grande do Sul passou para o uso no pescoço com uma conotação mais representativa. Na época os gaúchos utilizavam o lenço como forma de distinção partidária

Hoje em dia as cores mais usadas são o branco e o vermelho, mas sem nenhuma conotação política.

O lenço gaúcho tem distinções de cores e de “nós” também.

O lenço vermelho era identificado como dos revolucionários farroupilhas (maragatos) e depois com o partido federalista (1893). A cor verde era dos partidários do Império (pica-paus), mais tarde o general Flores da Cunha, ao fundar o partido republicano Liberal, adotou o lenço branco (chimango), o lenço preto representa o luto. Mas todos os lenços devem ser lisos, com exceção do carijó (xadrez miúdo).

 

 

Temos muitas formas de atar o lenço. O nó quadrado é o mais comum, e foi consagrado com o presidente Getúlio Vargas, por isso recebe o nome de nó getulista. Temos outros sentidos como o nó de namoro, quando separado , indica que o peão está solteiro. O nó cruz usado em cerimônia religiosa e muitos outros nós.

Na época da Revolução Federalista de 1893, a guerra mais sangrenta que já tivemos com inúmeras degolas, os chimangos que apoiavam o governo central usavam o lenço branco, e os maragatos, contrários à política exercida pelo governo federal na época, exibiam seu lenço vermelho.

Hoje em dia o lenço faz parte da indumentária completa do gaúcho. Nos dias de hoje segundo o MTG (Movimento Tradicionalista gaúcho) as cores permitidas para os lenços feminino e masculino são o vermelho, branco, amarelo, azul, verde, carijó, marrom e cinza

 

Escritora

Márcia Ximenes Nunes Chaiben

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