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Como se fala e canta aqui no Sul gaúcho: “hoje está chovendo, é dia de lidar com corda”, o guasqueiro é muito procurado para compras de materiais para a vestimenta gaúcha e para o cavalo também, uma profissão que já está ficando extinta

“Hoje amanheceu chovendo

Mas eu não posso parar

No galpão todos cochilam

Eu tive que levantar         

Tem vaca pra tirar leite

E potros pra galopear

Eu sempre fui peão de estância

Gosto daquilo que faço

Barro o galpão faço bóia

E com solingem de aço

Vou lonquear um couro preto

E tirar uns tentos pra o laço

As minhas obrigações

Todas elas eu atendo

 

E hoje vou lidar com corda

Por que amanheceu chovendo”

Música de Walther Morais – Dia de chuva

Quando chove na estância aqui no Sul do país, é chegada a hora do peão trabalhar com o couro dentro dos galpões espalhados por todo o Rio Grande do Sul.

O guasqueiro é uma das profissões mais antiga do Rio Grande do Sul, são pouco profissionais que fazem o trabalho artesanal com o couro cru. Guasqueiro vem da palavra “guasca”, que é uma tira ou correia de couro cru usada para produzir peças para a equitação, encilhas de cavalos e na indumentária gaúcha.

 

Um trabalho todo artesanal e muito bonito, o que é muito comum de ser encontrado nas casas e estâncias dos gaúchos e tradicionalistas.

Através desse trabalho são confeccionados: as bainhas para facas, rédeas, cabresto, maneias, travessões, selas, chaveiros, cintos, barbicacho do chapéu, botas entre outros.

Para não deixar essa arte morrer, pois faz parte da tradição gaúcha e para o uso no dia a dia nas estâncias, é preciso que surja mais guasqueiros por aqui.

Preservar esse profissional é preservar a tradição gaúcha.                             

O trabalho artesanal começa com o preparo do couro, que precisa ser removido do animal, esticado, seco e amaciado. No verão leva dois dias para tê-lo em condições e no inverno pode chegar a 15 dias.

 

Todo trabalho artesanal é feito com carinho, além de ele ser um produto único, até porque a próxima confecção não será igual.

Para mantermos a nossa tradição precisamos de muitos profissionais para essa área onde é trabalhado o couro na fabricação de materiais essenciais.

Escritora

Márcia Ximenes Nunes Chaiben

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