Meio Ambiente confirma criação de grupo de trabalho com governadores da região Norte e Ibama

 

Após uma extensa reunião entre parlamentares dos estados Amazonas, Roraima e Acre, o ministro interino do Meio Ambiente, João Capobianco, confirmou a necessidade de criar um grupo de trabalho formado entre governadores da região Norte e órgãos de controle como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

Capobianco afirmou que o objetivo é alinhar a ação dos órgãos de controle que estão autuando contra o desmatamento na região Amazônica e as reivindicações de empresários e pecuaristas que se sentem prejudicados pelos execessos de autuações.
A reunião ocorreu na sede do Ministério do Meio Ambiente nesta quarta-feira (12). O ministro interino não deu prazos para a criação do grupo de trabalho, mas segundo ele, o colegiado vai integrar a Secretaria de Controle do Desmatamento do órgão, governos estaduais, o Ibama e o próprio Ministério.

“Nós também vamos envolver as lideranças dos governos estaduais na busca de um entendimento comum para priorizar um pacto de redução imediata do desmatamento e um conjunto de ações para resolver as questões que afligem os parlamentares”, disse.
*Reivindicações*

Parlamentares do Acre pediram do Ibama a retirada dos embargos que foram aplicados contra os produtores rurais e as madeireiras. No Estado, 16 madeireiras seguem com atividades suspensas pelo Ibama devido às vistorias.

“Nós entregamos ao ministro dois ofícios solicitando o fim dos embargos e aumento de prazo para que as propriedades rurais que precisam fazer a regularização tenham esse tempo” disse Alan Rick (União), senador do Estado.

Além disso, o representante da Bancada Federal de Rondônia, deputado Lúcio Mosquini (MDB), foi na mesma esteira de solicitar mais prazos de desocupação. Inicialmente, o Ibama tinha permitido apenas cinco dias.
“Nós pedimos um prazo maior para construirmos um entendimento para que essa desocupação de gado seja gradativa, e não apenas em cinco dias”, disse o parlamentar.
No sul do Amazonas, as ações do Ibama já resultaram em conflito. A apreensão e a fiscalização de quase 2,4 mil cabeças de gado que estavam em uma propriedade rural proibida repercutiu na imprensa.

“Quem estiver crimes ambientais tem que pagá-los. Mas aquele homem que está ali, perdido na Amazônia, está produzindo pouco, essa pessoa não pode ser criminalizada”, disse.
*Retorno*
O presidente do Ibama Rodrigo Agostinho afirmou que mesmo com o pedido dos parlamentares,o órgão vai atuar no rigor da lei para coibir o desmatamento.

“A gente vai fazer tudo o que estiver ao nosso alvane para reduzir o desmatamento. A gente vai ser muito duro com esse problema”, disse.

Post Author: Izaias Godinho

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