Fórum florestal busca soluções para sustentabilidade do setor madeireiro na Amazônia

O Fórum Florestal para a Amazônia Legal reúne instituições de pesquisa, ensino, empresas, comunidades e organizações não-governamentais em torno da promoção de ações efetivas associadas à produção florestal e da ampliação da escala dos esforços de conservação e restauração do meio ambiente.

A iniciativa conta com mais de 100 integrantes em cinco Fóruns regionais. 

“Dar início ao Fórum Florestal da Amazônia, com uma missão, visão de futuro e um plano estratégico definidos é um marco importante na história do Diálogo Florestal no Brasil, que há 15 anos promove espaços seguros para construção coletiva de soluções para os problemas locais com ampla participação social, podendo colaborar em última análise, para o enfrentamento de grandes dilemas da sociedade, como a crise climática”, afirma a secretária executiva do Diálogo, Fernanda Rodrigues.

Mais de 40 instituições, entre academia, segmento empresarial, associações comunitárias e organizações não-governamentais, participaram do processo de planejamento e criação do fórum.

De acordo com Fernanda, mais do que um espaço para se marcar posições, o Diálogo Florestal se baseia na análise crítica e responsável sobre os problemas abordados para a construção de soluções efetivas e concretas que superem os desafios apresentados para a sustentabilidade da atividade madeireira na Amazônia.

Gestão multissetorial

Sete princípios norteiam o Fórum Florestal para a região: integração, transparência, confiança, respeito à diversidade, não exclusão, proatividade e compromisso. Entretanto, a participação das instituições de pesquisa, empresas e comunidades é um compromisso mútuo em prol do bem comum.

O pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Milton Kanashiro, líder do Portfólio Florestal da instituição complementa: “uma utopia possível para o uso, manejo, conservação e restauração das florestas, desenvolvimento local e regional para o bem viver da sociedade”.

Para o analista do Instituto Internacional de Educação do Brasil, Alison Castilho, que é secretário executivo do Observatório do Manejo Florestal Comunitário e Familiar, esse modelo de gestão multisssetorial permite estabelecer um espaço relevante para o diálogo na Amazônia. 

“O setor florestal da Amazônia é complexo e composto por múltiplos atores. Nesse sentido, espaços como o Fórum Florestal da Amazônia fortalecem a estratégia de articulação em rede, com o principal objetivo de instituir relações mais justas e equitativas em prol do desenvolvimento sustentável da região, respeitando o protagonismo e as especificidades de todos os envolvidos”, acredita Alison Castilho.

Helene Menu, gerente de responsabilidade socioambiental da empresa Agropalma, ressalta a importância de contribuir com a formação do Fórum da Amazônia dentro do Diálogo Florestal, iniciativa que para ela já traz soluções efetivas e inclusivas para o setor florestal em outros biomas.

“O Fórum da Amazônia, formado por parceiros que conhecem profundamente a região com suas dificuldades, mas também seu alto potencial, vem com certeza para consolidar e apoiar a geração de ações construtivas e integradoras para uma agenda positiva”, afirma.

*Com informações da Embrapa Fotos: Reprodução 

Post Author: Bruna Oliveira

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