Balanço do CMA em ano de pandemia

Comandante do Comando Militar da Amazônia em entrevista ao portal Agro Floresta Amazônia fala sobre operações que aconteceram durante 2020. 

Janeiro já começou e com ele o balanço de tudo o que aconteceu no ano anterior. 2020 foi um ano turbulento, sendo necessário adiar objetivos, mudar estratégias ou até mesmo cancelar planos. 

Mas para o Exército Brasileiro não foi bem assim, uma vez que ele é uma das três Forças Armadas do Brasil, responsável no plano externo pela defesa do país em operações eminentemente terrestres e no interno pela garantia da lei, da ordem e dos poderes constitucionais. 

No Comando Militar da Amazônia (CMA) não foi diferente, em entrevista ao portal Agro Floresta Amazônia, o comandante do CMA, o General Estevam Theophilo contou sobre as operações que ocorreram ao longo do ano e seus resultados. 

O comandante começou falando sobre o que a Operação Amazônia representou para o Exército Brasileiro dentro do seu planejamento e dentro da cultura de força de dissuasão. 

Comandante do CMA, Ministro da Defesa e Comandante do Exército durante operação Amazônia

“A Operação Amazônia foi uma operação que foi pensada e elaborada a partir de janeiro de 2020, então a grande ideia da operação era que nós déssemos uma retomada no Comando Militar da Amazônia em operações da guerra convencional, digamos assim, em operações de defesa da pátria. Todos os anos de acordo com o adestramento do exército da força terrestre faz-se um grande exercício a nível comando militar diário. A gente pensou em retomar essa parte da guerra convencional em ambiente de selva. Nós buscamos nesse exercício praticar todas as técnicas operacionais e combate convencional em ambiente amazônico, ou seja, usando os rios, a selva, todos os tipos de defesa de ponte forte. Usamos as nossas quatro brigadas, todas elas com suas funções de combate completas. Trouxemos o sistema astro para fazer o apoio de fogo no nível teatro de operações. Nós tivemos todos os meios necessários para fazer uma grande operação de defesa da pátria, de guerra convencional em ambiente amazônico”, falou o General.

Disparo do Astro durante o teatro de operações

Durante o ano de pandemia o Exército não deixou de fazer suas ações sociais junto as indígenas e ribeirinhos, muito pelo contrário, esteve atuando na operação Covid-19 para evitar a propagação do mesmo. 

“A operação covid-19, a operação conjunta ela foi estabelecida pelo Ministério da Defesa que criou dez grandes comandos conjuntos, quando a gente fala comando conjunto quer dizer um comando único para exército, marinha e aeronáutica. Aqui foi criado o Comando Conjunto da Amazônia, aonde nós fizemos um estado maior conjunto para conduzir todas as ações referentes à covid-19. Apoio às comunidades indígenas, apoio aos governadores, apoio aos prefeitos, apoio às secretarias municipais e estaduais de saúde naquilo que eles demandassem e estivesse ao nosso alcance de realizar, inspeções sanitárias com a marinha e todas as agências e capitanias, inspeção fluvial, triagem, patrulhamento para evitar que se adentrasse as comunidades indígenas e atendimentos propriamente ditos com médicos e enfermeiros. Então isso foi algo que foi o resultado de um trabalho conjunto e integrado com as demais agências, mas que teve sucesso, particularmente no Comando Militar da Amazônia foi um grande sucesso a operação covid-19″, contou ainda o Comandante. 

Foram realizadas ainda a Operação Verde Brasil II que é uma grande operação conjunta para desempenhar as ações de combates aos delitos ambientais. A Operação nas eleições municipais e operação nas fronteiras. 

“Existem outras operações em curso que não pararam, a Operação Ágata que também é uma operação de combate à delitos transfronteiriços e ambientais que vem sendo executada perenemente ao longo do ano. Todos os dias eu faço um briefing com meu Estado Maior de todas essas operações em curso. Aí entra a operação Ágata, operação covid, operação Verde Brasil II”, concluiu o General Theophilo. 

Doação de cestas básicas

Post Author: Victória Rosas

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