Navio venezuelano com 1,4 milhão de barris de petróleo corre risco de afundar e desencadear desastre ambiental

A Marinha brasileira e Agência Nacional do Petróleo, acompanham a situação do petroleiro, que está a 1.300 Km das águas do país

Grupos ambientais expressaram preocupação nas últimas semanas com um possível vazamento de 1,4 milhão de barris de petróleo a bordo do navio venezuelano Nabarima.

Fotos recentes mostram a embarcação nas águas do Golfo de Paria, localizado entre a costa da Venezuela e a ilha de Trinidad e Tobago.

Embora a dimensão do mau estado de conservação do Nabarima seja desconhecida, se a embarcação não for reparada logo pode afundar e desencadear um gigantesco desastre ambiental, poluindo as águas venezuelanas e de várias nações no Caribe, relatou o jornal argentino Clarín.

O Nabarima tem 264 metros de comprimento e acredita-se que esteja em sua capacidade máxima -o equivalente a 1,4 milhão de barris de petróleo, uma quantidade quase cinco vezes maior do que a derramada pela Exxon Valdez em 1989, de acordo com a emissora americana NBC.

O navio foi ancorado no Golfo de Paria para exportação de petróleo venezuelano, mas ficou inativo após o recente colapso na demanda mundial da commodity devido à pandemia de Coronavirus e às sanções da Casa Branca contra o redime de Nicolás Maduro que assustaram os potenciais compradores.

A PDVSA planeja transferir parte do petróleo bruto do Nabarima para o petroleiro Icaro por meio de uma operação de navio para navio chamada STS (sigla em inglês “Ship-to-ship”), disse uma pessoa familiarizada com o assunto à agência de notícias Reuters na segunda-feira (19).

Em dezembro de 2019, os EUA impuseram sanções adicionais ao próprio Icaro por entregar produtos petrolíferos venezuelanos a Cuba, um dos principais aliados de Maduro no exterior.

A PDVSA não responde aos pedidos de comentário, e autoridades da vizinha Trinidade e Tobago disseram que planejam inspecionar o Nabarima.

A Marinha brasileira afirmou em comunicado que o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela própria Marinha Ibama e Agência Nacional do Petróleo (ANP), acompanha a situação do petroleiro, que está a 1.300 Km das águas do país.

Texto com informação da Folha de S.Paulo

Fotos: Reuters

Post Author: Agro Floresta

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