O Ministério da Defesa se pronunciou na noite deste domingo (24), após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmar que as Forças Armadas “estão sendo orientadas para atacar” o processo eleitoral. Em nota, o general Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa, repudiou a declaração e chamou de “irresponsável” a atitude de Barroso.
“O Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia”, consta na nota.
A nota ressalta que as Forças Armadas atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apresentaram propostas “colaborativas, plausíveis e exequíveis, no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições (CTE)”.
Declarações de Barroso
O ministro do STF participava de um seminário por videoconferência neste domingo (24), quando falou sobre o sistema eleitoral e citou as Forças Armadas. “Desde 1996 não tem nenhum episódio de fraude. Eleições totalmente limpas, seguras. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar. Gentilmente convidadas para participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo”, declarou.
“Até agora, o profissionalismo e o respeito à Constituição têm prevalecido. Mas não se deve passar despercebido que militares profissionais e admirados e respeitadores da Constituição foram afastados, como o general Santos Cruz, general Maynard Santa Rosa, o próprio general Fernando Azevedo. Os três comandantes da Força foram afastados. Não é comum isso, nunca tinha acontecido”, afirmou.
As declarações foram feitas durante o evento Brazil Summit Europe, organizado por alunos e ex-alunos brasileiros da universidade alemã Hertie School. Barroso também disse ter a “firme expectativa” de que as Forças Armadas não se deixarão “seduzir por esse esforço de jogá-las nesse universo indesejável”.
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