Sobre o bloqueio do trecho na BR-174 por integrantes das 500 famílias de indígenas que moram na zona norte de Manaus, em ato de protesto para reivindicar direito à moradia, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse hoje em discurso no Senado que a situação é a mesma de dos cerca de 30 mil a 40 mil indígenas vivem hoje na periferia da capital, em condições de extrema vulnerabilidade. Plínio cobrou a solução do caso e também citou as condições precárias de dezenas de outras comunidades indígenas , como os Baniwas e dos Tenharins , sem políticas públicas e impedidos de explorar suas terras por 372 ONGs que controlam as regiões mais ricas do Planeta, como o Alto do Rio Negro.
Plínio repetiu que sem a solução da pobreza e dos problemas sociais dos amazônidas como um todo, não há como resolver o problema ambiental cobrado pelo Mundo na Amazônia.
Trata-se de um contraste entre a visão idílica que se divulga, inclusive no exterior, sugerindo que os índios brasileiros estão muito satisfeitos e felizes nas reservas e aldeias a que estão hoje limitados, e as suas verdadeiras condições de vida. É o contrário, criticou Plínio, afirmando que a grande maioria dos indígenas querem crescer, trabalhar e ter as mesmas condições de cidadãos comuns.
O senador relembrou o apelo dos índios da etnia baniwa, que vivem na área do Alto Rio Negro . Eles reclamam que, nessa região, “existem instituições, ONGs, com a visão e o objetivo de que os indígenas se mantenham em estados de observadores da natureza, mantendo apenas a sua sobrevivência, ou seja, tendo o direito de comer e dormir. Nada mais nos garantem.”
Esses índios que vivem em condições de extrema vulnerabilidade na periferia de grandes cidades brasileiras, como é o caso de Manaus, estão, na verdade, procurando integrar-se ao que consideram ser o futuro do País. Não querem virar peças de um museu voltado para o público externo. Querem participar da economia, disse Plínio.
*Com informações da assessoria de imprensa do senador Plínio Valério (PSDB-AM)