O general Augusto Heleno, ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), negou que tenha participado de conchavo com os militares Mauro Cid e Ailton Barros para dar um golpe de Estado no Brasil.
A declaração foi dada nesta, quinta-feira (1), ao prestar depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (DLDF).
Ao ser questionado pelo presidente da Comissão, deputado distrital Chico Vigilante (PT), sobre ser um dos articuladores da trama, Heleno negou.
Chico Vigilante mencionou a troca de mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid e o militar da reserva Ailton Barros onde ambos, supostamente, eles teriam pressionado o general Freire Gomes para liderar um movimento golpista. Augusto Heleno negou conhecimento sobre o assunto.
“Se eu tivesse sido articulador, eu diria aqui. Mas eu acho que o tratamento que estão dando a essa palavra golpe não é um tratamento adequado. Porque um golpe para ter sucesso é preciso ter um líder principal e não é uma atitude simples. Ainda mais no país do tamanho e da população do Brasil. Esse termo, ‘golpe’, está sendo aplicado com muita vulgaridade”, disse Heleno.
Sobre Augusto Heleno
O General Augusto Heleno chefiou o GSI de 1º de janeiro de 2019 até 31 de dezembro de 2022. O GSI, atualmente comandado pelo general Marcos Antônio Amaro dos Santos, é o ministério responsável pela coordenação da área de inteligência do governo, ao qual está subordinada a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Cabe ao GSI, por exemplo, acompanhar questões com “potencial de risco” à estabilidade institucional, fazer a segurança pessoal do presidente da República e prevenir crises. O gabinete fica dentro do Palácio do Planalto, em Brasília.