Após o anúncio do fim do embargo da carne brasileira ao mercado Chinês, os pecuaristas estão otimistas com o a exportação do produto, mas especialistas afirmam que os valores da carne podem retornar aos patamares anteriores.
O presidente da Cooperativa Agropecuária de Roraima (Coopercarne), André Padro, o retorno da exportação é vantajoso porque possibilita outras possibilidades de negócios.
“O mercado de Roraima já mandou, desde o início do mês, as primeiras carradas de boi para Guiana. Estamos esperançosos com o retorno da exportação par a China porque abre a possibilidade de outros mercados”, afirmou.
Desde o dia 23 de março, o Brasil pode, novamente, exportar para a China, segundo a Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês). A suspensão durou 29 dias, motivada pelo diagnóstico de um caso atípico de Mal da Vaca Louca, em uma fazenda no Estado do Pará.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (FAEA), Muni Lourenço, afirmou que o embargo não afetou diretamente o Estado do Amazonas. E com o retorno da exportação, os valores do produto devem sofrer reajuste.
“Apesar do nosso Estado não exportar carne bovina, ainda, houve aumento da oferta do produto no mercado interno e isso pressionou para baixo o preço da carne. Agora retomadas as exportações para a China, os preços voltam para patamares de normalidade”, diz Muni Lourenço.
De acordo com o Valor Econômico, no IPCA-15 de março, os preços de carnes caíram 0,91%, a maior queda desde novembro de 2021 (-1,15%). Alguns cortes tiveram redução ainda maiores: picanha (-1,43%), contrafilé (-2,04%) e patinho (-1,37%). No resultado acumulado em 12 meses até março, o preço das carnes acumula queda de 2,23%.
Com a exportação para a China, os valores devem retornar para 1,8% de alta, como em 2022.