
Reza a lenda de que a milhares de anos A.C., alguém deixou empilhada dentro de um recipiente uma quantia de uvas que fermentaram e que o resultado é o começo da bebida deliciosa que nos fascina, O VINHO!
Os Egípcios e os Romanos foram os grandes impulsionadores da cultura da bebida no mundo, existem algumas pinturas que mostram os rituais e as festas regadas a vinho, datadas de 3.000 a.c.
Pode-se dizer que os primeiros enólogos foram os Egípcios e 2.500 a.c. seus vinhos já eram exportados para Europa, África Central e alguns reinos da Ásia.
Hipócrates o pai da Medicina, já usava o vinho para tratar seus pacientes 400 a.c.
Os especialistas ressaltam que os vinhos apresentam cores, cheiros, gostos e texturas diferentes, em função do tipo de uva, altitude onde os vinhedos estão plantados e temperaturas.
Os Egípcios deixaram um grande legado na produção, conservação e transporte do vinho. Foram achadas ÂNFORAS por geólogos, com inscrições de data de fabricação do vinho, o nome do produtor, tipo de uva e muitos documentos explicando a maneira de fabricação.
DIONÍZIO, filho de Zeus, era o Deus do vinho, naquela época havia muitos cultos em homenagem a bebida.
Nessa época na Grécia muitos escritores já escreviam sobre o vinho, HOMERO que escreveu Odisseia, deixou escrito o que achava dos vinhos após degustação, como: macio, doce, etc…
Na Idade Média acontece uma grande transformação na qualidade dos vinhos, com a ajuda da Igreja Católica, um monge beneditino, Dom Perignon, foi um grande produtor de uvas brancas, na região chamada Champanhe.
Na era moderna então aparecem os verdadeiros apreciadores do vinho, degustadores. Mas na era moderna no séc. XIX, aparece uma praga, um pulgão que devastou 80% dos vinhedos europeus num período de 40 anos.
A cultura de guardar o vinho acontece na primeira Guerra Mundial e na crise na economia, o vinho fica com o preço muito irrisório e os produtores resolvem guardar o vinho para esperar o preço melhorar, daí que surge a cultura do vinho envelhecido.
O vinho é uma bebida fermentada, cada vinho branco, rose ou tinto possuem seu processo particular.

Armazenamento atual do vinho – em barris de madeira
Acredita-se que 200 d.c. os Celtas inventaram os barris de madeira para armazenar o vinho, fazendo a troca da Ânfora para os barris de madeira que até hoje a técnica é passada de geração para geração.
Existem também os chamados vinhos medicinais, Dr. Peter Liu, especialista em acupuntura e Medicina Chinesa ele explica que em temperaturas baixas é muito bom consumir vinho pois ele é um vaso dilatador, aumentando o diâmetro dos vasos sanguíneos, fazendo o sangue fluir pelas veias mais facilmente, provocando perda de calor e aquecendo a periferia do corpo.
Os médicos recomendam “ uma taça de vinho ao dia ”, alguns são poderosos anti-oxidantes e na antiguidade eram misturados aos vinhos ervas e resinas para tratamentos medicinais.
O vinho tomado com moderação é benéfico e pode ser misturado a ervas para fins medicinais, como: alecrim, capim-limão e camomila.
Essas ervas são introduzidas no vinho e devem ser resguardadas por 10 dias, mexendo um pouco todos os dias para serem incorporadas ao vinho, depois coar e deixar em garrafas de vidro bem fechadas e consumir com moderação.
Mas como estamos chegando em uma data inspiradora vamos colocar alguns acompanhamentos à esse vinho: queijos, salames, massas com molho vermelho, pães, frutas e principalmente moderação e feliz dia dos namorados.

Alguns tipos de uvas que produzem os vinhos mais consumidos: Cabernet Sauvignon (francês), Merlot ( francês), Malbec (francês), Carménère (francês), Pinot Noir (francês).
Falemos da uva Tannat, também cultivada no Sudoeste Francês, que se adaptou bem no país vizinho Uruguai, essa uva produz um vinho mais encorpado e com bastante tanino, característica que permite beber o vinho com mais tempo de envelhecimento.
Essa qualidade de uva é muito indicada com fins medicinais, mas lembre-se com moderação.
Os vinhos, segundo especialistas, também pedem um acompanhamento especial.
Vinhos tintos são perfeitos com carnes assadas ou grelhadas, aves, massas com molho vermelho, verduras gratinadas, queijos e um bom chocolate vai muito bem como sobremesa.

Vinhos brancos já pedem um acompanhamento mais leve como peixes, mariscos, sardinhas, salmão.

Homero – maior e mais antigo dos poetas gregos (sec. IX ou VIII a.c.)
Ânfora – jarro da época dos egípcios, feito de barro, com duas alças para transporte de vinho.
Tanino – auxilia na textura, tem efeito adstringente, auxilia na conservação do vinho.