A tradicional Feira Moderna da banana, importante centro de distribuição de frutas do Centro de Manaus comemora aos poucos a melhora nas vendas da banana no Amazonas. Vendedores afirmam que a busca pela fruta aumentou, mesmo diante da crise da pandemia mundial.
Além da grande oferta do produto, o preço do cacho da banana Pacovan, por exemplo aumentou. O vendedor Carlos Pantoja explicou que apesar do preço ter subido, a procura aumentou nas últimas semanas.
“O preço aumentou de R$ 15 para R$ 35 o cacho da banana Pacovan, mesmo assim as pessoas continuam comprando. Posso dizer que até aumentou a procura porque os restaurantes estão fechados e os consumidores estão cozinhando mais em casa. Daí eles vem para a feira para comprar os alimentos”, disse o vendedor.
Produção no Amazonas
De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (Idam), o Amazonas produziu 8 milhões de cachos de banana em 2019. A quantia representa 2,2% da produção nacional, que fechou o ano com 7,1 milhões de toneladas. Manicoré, Presidente Figueiredo, Manacapuru e Rio Preto da Eva são os principais produtores do Amazonas com 11 mil hectares além do envolvimento de mais de 13 mil agricultores.
Abastecimento continua
O Porto da Manaus Moderna continua abastecendo as principais redes de supermercado da capital. Embora o tráfego de embarcações esteja com restrições, a chegada de produtos essenciais para o consumo chega a todo instante nos barcos.
O carregador cadastrado no Portão D do Porto da Manaus Moderna, Marivaldo de 55 anos conta que a jornada de 12 horas carregando mercadorias está cada dia mais intensa. “A todo momento chega caminhão para recarregar e barco para desabastecer. Aqui não está parado”, comentou.
Além disso é possível notar a grande movimentação nas proximidades das feiras durante a semana, mesmo com a queda de 50% na compra dos produtos naturais. A Feira da Manaus Moderna é a principal que mantém a cadeia alimentar da cidade. O presidente do Sindicato dos feirantes da Feira da Manaus Moderna, David Lima explica que esse comportamento afetou diretamente as últimas semanas de venda na feira.
“Os nossos clientes vêm na feira e compram tudo para que dure uma semana ou mais. Passam mais tempo sem vir porque já estão estocando em casa. Por isso que a gente sente que uma semana a venda está boa e em outra não. Depende muito do dia a dia”, explicou.
Texto e fotos : Bruna Oliveira
