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Três anos após o início do cultivo de soja no Sul Amazonas a colheita dobra

Brasil, Formoso do Araguaia, TO. 04/09/2008. Colheitadeira joga grãos colhidos dentro de um caminhão em plantação de soja em Formoso do Araguaia. A EMBRAPA desenvolveu um grão de soja resistente as altas temperaturas no cerrado. - Crédito:CELSO JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:48338

Acompanhando o desenvolvimento da atividade da soja e dos outros grãos em Humaitá, estima-se que, para este ano, haverá um plantio de 3 mil hectares de soja, 2,1 mil hectares de arroz e 400 hectares de milho

A partir de 2017 o Amazonas começou a experimentar pela iniciativa privada, nos campos de Humaitá (a 590 km de Manaus), o cultivo da soja. A primeira colheita foi feita com sucesso no ano seguinte e agora, contando com 2 mil hectares, a colheita feita na última safra 2019/2020 chegou a 6 mil toneladas, dobrando praticamente o valor inicial, de 3,4 a 3,6 mil toneladas. Além disso, por conta do solo de qualidade nos campos abertos do sul do Amazonas, novos produtores estão surgindo na região para cultivar outros grãos, como arroz e milho.

Na primeira colheita de soja, a expectativa por tonelada era de 3,4 a 3,6 mil toneladas, por hectare, superando a média nacional de 3,1 toneladas na safra. Valor que, para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foi considerado ótimo, levando em conta que a área plantada estava em processo de correção. Agora, a colheita praticamente dobrou. Chegando a 6 mil toneladas, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam).

Segundo o Idam, três anos após o início do cultivo no Estado, a experiência segue positiva. A família Foleto, proprietária da Fazenda Santa Rita – pioneira no plantio de soja na região – só tem aumentado sua produção. “No início eram 500 hectares. Na última safra essa área plantada aumentou para 2 mil hectares, com colheita de 6 mil toneladas e, consequentemente, um aumento na receita. Hoje, a saca de 50 quilos está sendo vendida por R$ 70”, explica o diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso.

A soja produzida no Amazonas hoje em dia, em sua totalidade, continua sendo destinada para o estado de Rondônia e de lá está sendo exportada para outros países. Anteriormente, no processo, os grãos produzidos na fazenda do produtor Jocelito Foleto estavam sendo transportados para pesagem no porto graneleiro de Porto Velho (RO), e armazenagem e transporte em Vilhena (RO), no porto graneleiro do grupo Masutti, localizado na cidade de Candeias do Jamari, em Rondônia.

Valdenor Cardoso relata ainda que, além da soja, outros grãos estão sendo produzidos na região atualmente. “Esses novos produtores chegaram aqui para trabalhar com a soja, contudo estão inicialmente trabalhando com cultivo de arroz e milho. Depois os investimentos serão destinados para a soja e acreditamos que em 2020/2021 essa já será uma realidade, bem como um plantio bem maior de arroz e milho”, explica o diretor-presidente do Idam.

Expansão por hectare

Acompanhando o desenvolvimento da atividade da soja e dos outros grãos em Humaitá, estima-se que, para este ano, haverá um plantio de 3 mil hectares de soja, 2,1 mil hectares de arroz e 400 hectares de milho. Na avaliação de Valdenor Cardoso, em termos de potencialidades no sul e sudeste do Amazonas, tendo como ponto de referência o município de Humaitá, o futuro já chegou.

“Temos a disponibilidade de área para plantio de grãos como arroz, milho e soja, em algo além de 200 mil hectares de áreas disponíveis para o plantio de grãos. Naturalmente, com os cuidados necessários que se deve ter com a cultura de grãos”, pontua Cardoso.

Além disso, o presidente deixa claro que a dinâmica econômica na região de Humaitá já é outra. “O Governo do Estado está apoiando os empresários da região através da assistência técnica, por meio do Sistema Sepror e suas vinculadas Idam, Adaf (Agência de Defesa Agropecuária e Florestal) e ADS (Agência de Desenvolvimento Sustentável)”, afirma.

Ainda neste ano, na safra 2020/2021, o produtor Jocelito Foleto pretende plantar mais 2,2 mil hectares da soja, que já entrou no Mapa da Soja do Brasil. Somado ao plantio dos demais produtores de soja do município, o estimado para 2020 é uma área plantada de 3 mil hectares de soja.

Texto Maria Eduarda Oliveira/Em Tempo

Fotos: Divulgação

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