Todos nós sabemos que no dia 13 de maio comemoramos a data da abolição da escravatura, essa data é um marco para repensarmos sobre preconceitos, racismo e direitos humanos

VOZES-MULHERES – Conceição Evaristo              

“A voz de minha bisavó

ecoou criança

nos porões do navio

ecoou lamentos

de uma infância perdida.”

Bem sabemos que neste dia de 13 de maio comemoramos a data da abolição da escravatura no Brasil, na data de 1888, na qual foi assinada a Lei Áurea.

No Rio Grande do Sul a escravidão foi abolida no ano de 1884, 4 anos antes da abolição no Brasil, resultado da pressão de diversos grupos, como o Centro Abolicionista e o Partenon Literário.

                                                                                                                                                            

“A voz de minha avó

ecoou obediência

aos brancos donos de tudo

a voz de minha mãe

ecoou baixinho revolta

no fundo das cozinhas alheias”

 

Os negros constituíram o “alicerce do exército” dos Farroupilhas, pois a infantaria da Guerra dos Farrapos, com a revolução que durou 10 anos,  era feita de negros e indígenas que lutavam ao lado dos farrapos, eles eram escravos do Império que haviam sido capturados pelos rebeldes, e houve um acordo entre as partes “lutem por nós e vamos libertá-los”, era o trato oferecido pelos líderes farroupilhas aos negros.

A cidade de Campinas (SP), conforme historiadores foi a última cidade a abolir a escravatura e a cidade de Redenção foi a primeira a libertar os escravos, 15 meses antes do restante da então Província do Ceará, e cinco anos antes de ser proclamada a abolição no Brasil.

 

Algumas mulheres negras que de se destacaram no Brasil:

– Tereza de Benguela – Líder do Quilombo do Piolho (MT)

– Maria Firmina dos Reis – A primeira romancista do Brasil, era maranhense

– Conceição Evaristo – Militante do Movimento Negro e um dos maiores nomes da literatura brasileira Contemporânea, ela era mineira

– Sueli Carneiro – Escritora e filósofa, uma das maiores pensadoras do feminismo negro do Brasil

 

“A minha voz ainda

ecoa versos perplexos

com rimas de sangue e fome

 

A voz da minha filha

recolhe todas as nossas vozes

recolhe em si

as vozes mudas e caladas

engasgadas na garganta”

Escritora

Márcia Ximenes Nunes

Post Author: Márcia Ximenes Nunes

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