Em reunião realizada nesta quinta-feira (23), a Suframa e representantes do Grupo Chibatão discutiram estratégias para enfrentar os desafios econômicos previstos para a estiagem de 2025 no Amazonas. O encontro teve como objetivo alinhar expectativas, compartilhar informações e elaborar um plano estratégico com ações táticas e operacionais.
Pela Suframa, participaram o superintendente-adjunto Executivo, Frederico Aguiar, o coordenador-geral de Assuntos Estratégicos, substituto, Patry Boscá, e outros técnicos da Autarquia. Representando o Grupo Chibatão, estiveram presentes os analistas de qualidade Marcelo Tavares, Ana Costa, Vitório Gonçalves e Winnícius de Souza, responsáveis pelos pela elaboração do cenário externo do Planejamento Estratégico do grupo.
O analista Marcelo Tavares destacou a crescente antecipação dos períodos de seca. “Em 2023, a estiagem começou em outubro. Em 2024, ocorreu já em setembro. Se essa tendência continuar, podemos esperar que, em 2025, a seca comece em agosto. Por isso, é essencial que nos antecipemos e elaboremos um plano estratégico com todos os cenários externos possíveis, para que internamente possamos fazer o desdobramento e planejamento das ações a nível tático e operacional”, afirmou.
Durante a reunião, foi destacado que a estiagem de 2023 trouxe prejuízos socioeconômicos significativos, incluindo a paralisação de fábricas por até 45 dias. Em contrapartida, as ações preventivas implementadas em 2024, como a antecipação da compra de insumos e a instalação de um porto flutuante em Itacoatiara, evitaram interrupções na circulação de cargas e garantiram um desempenho histórico do Polo Industrial de Manaus (PIM), que deve fechar o ano com faturamento recorde acima de R$ 200 bilhões.
Para a Suframa, a estratégia bem-sucedida de 2024, que incluiu um comitê interinstitucional de enfrentamento com participação de órgãos estaduais, federais e da iniciativa privada, deve ser mantida e aprimorada. O superintendente-adjunto Executivo da Suframa ressaltou o papel da Autarquia para a implementação de medidas preventivas.
“A Suframa poderá atuar em dois eixos principais: em articulação de ações com os demais órgãos federais, e recebendo informações diretamente com a indústria local. Durante as visitas que realizamos às fábricas, percebemos que já há a formação de uma cultura cada vez mais proativa, com a antecipação da compra de insumos para evitar desabastecimento e interrupções de produção, como as que ocorreram em 2023. O trabalho colaborativo é uma das lições aprendidas que deve ser repetido para mitigar os impactos econômicos e garantir a continuidade das operações logísticas e industriais no estado do Amazonas”, frisou Aguiar.
Fotos: colaboração de Ester Carvalho/Suframa