Com a hashtag: #doe alegria à quem sempre te alegrou, Sidney está convidando os apaixonados pelo Sertanejo a desfrutar de 3 horas de músicas na quinta-feira 21 de maio, 19hs , com o intuito de arrecadar fundos.
Sidney Chenkel, 40 anos, chegou em Manaus há 30 anos com seu violão na mão. Filho de dona Luzia Chenkel e seu Francisco Chenkel, disse que aos 6 anos começou a despertar para a música ouvindo a seu pai tocando violão na sua Rondônia natal.
Agora, ele é conhecido como Sidney Chenkel, o Imperador, cantor sertanejo nas prestigiosas casas de eventos e festas da capital do Amazonas; mas que pela pandemia do coronavirus e a distância imposta pelo isolamento social, em função dos decretos de calamidade pública publicados pelo Estado e a Prefeitura de Manaus, está parado.
Ele decidiu fazer uma “Live Solidária” na quinta-feira, 21 de maio, às 19hs, junto com os músicos de sua banda: André Melo (Dinho) baixista; Pandinho ( guitarrista); Gabriel (baterista); Edygleusom (sanfoneiro); e Ediesio Pedro (tecladista). Ele pretende arrecadar fundos para manter a banda, pois com a pandemia, o grupo ficou sem renda, porque não pode se apresentar em lugares públicos que tenha aglomerações.
Com a Hashstag: #doe alegria à quem sempre te alegrou, Sidney está convidando pelas redes sociais a todos os apaixonados pelo Sertanejo a desfrutar de 3 horas e meia de músicas dos anos 1980 até nossos dias.
O início
O pai de Sidney sempre quis que ele fosse cantor e o apoiou e motivou. Desde os 6 anos de idade, seu Francisco levava o filho para tocar no programa de radio: “Domingo Alegre” de música sertaneja e de raiz.
Em 1991, seu Francisco, que era pedreiro, recebeu um convite para trabalhar em uma obra em Manaus e viajou junto com Sidney. “O sonho era morar em uma cidade maior, uma capital”, disse Sidney. o bisneto de alemães contou que estudava de dia e à noite tocava com os músicos locais em bares e restaurantes.
Quando a obra acabou, seu padre voltou para Rondônia e ele ficou morando na casa do dono da obra, Jose Praxedes e sua esposa Dona Marlene, que lhe acolherem como seu filho.
Quando surgiu a primeira gravadora em Manaus em 1992, a RH Produções, ele foi contratado e gravou seu primeiro disco: “Sonho de Infância”. Com esse disco, a gravadora levou ele para São Paulo, onde participou em vários programas nacionais como: “Clube do Bolinha” e “Mara Maravilha”, entre outros, e começou a ficar famoso com seu estilo descontraído e focado na música sertaneja de raiz.
Persistência
Depois de vários inconvenientes, Sidney ficou sem gravadora e teve que cantar de novo nos barzinhos pela noite para sobreviver. Tocava MPB, Boi-Bumbá, Sertanejo Universitário e, quando pediam o sertanejo de raiz mais tradicional, uma de suas paixões. Ele gravou 5 CDs sempre com música sertaneja, que tem muitas variáveis de melodia simples e melancólica: “É meu porto seguro”.
Ele comenta que na noite, muita gente fica bêbada, chora e sofre, porque com a música sertaneja lembra do ex-namorado, da ex-namorada, dos grandes amores perdidos. “Passei por vários constrangimentos sim, moças subindo no palco e me abraçando, chorando. Eu não tenho o que falar nessas horas para uma mulher, simplesmente eu continuo cantando, por respeito aos sentimentos das pessoas”.
Composições
O cantor tem várias composições próprias em seu repertório como: “Pensando em você”, “Sem Você”, entre outras. As mais atuais são “A proposta” e “A ex me ligando” .
Antes do coronavirus chegar em Manaus, ele estava nos preparativos para gravar um CD novo, mas tudo ficou em planos com a pandemia.
Sidney disse que para compor se tranca no quarto, bate alguns acordes e vai inventando a letra e a música. “Escrevo e faço a música ao mesmo tempo, em duas ou três horas, ela está pronta” .
Porém, quando se trata de falar da historia de seu pai, bate a saudade e as ideias demoram em aparecer. Ele escreveu uma música em homenagem a seu pai, que faleceu aos 55 anos, “Muitos sentimentos envolvidos me emocionam”, disse
Amigo
Em Manaus conheceu um grande amigo que o apoiou muito e o incentiva até hoje, Valdelino Cavalcante, um investidor do setor de agronegócios. “Quando meu amigo estava no poder político e organizava exposições agropecuárias e grandes festas do setor primário, me deu muitas oportunidades. Eu sou muito agradecido a ele, que me ajudou a ser um cantor conhecido em todo o Amazonas”, comentou emocionado.
Família
O músico sertanejo contou que ele e sua família vivem ,exclusivamente, da música. Ele é casado há 10 anos com Amanda Ludimilla e com ela tem dois filhos: Francisco Neto de 6 anos e Ângelo Lúcio de 4 anos de idade.
DADOS PARA AS DOAÇÕES
Caixa econômica federal
Agência 0714
Operação 023
Conta poupança 00003682-0
Amanda Ludimilla da Costa
CPF 006 845 132-69
Banco do Brasil
Agência 4218-8
Conta corrente 41548-0
Sidney Aparecido Bromonschenkel
CPF 642 537 592-20
Texto: Dulce Maria Rodriguez
Fotos: Sidney Chenkel