“Sem o calcário, a minha produção de maracujá e abacaxi não aumentava”, afirma o produtor rural Ângelo Correia, de 45 anos da comunidade Sagrado Coração de Jesus, situado na Vila do Engenho, município de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus). Ele foi um dos beneficiados pelo Programa Pró-Calcário, executado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror).
Ângelo Correia adquiriu 27 toneladas de calcário para aplicação em sua propriedade, buscando o desenvolvimento de sua produção de maracujá, abacaxi, e na pastagem, para a criação de bubalinos. De acordo com ele, somente na cultura do maracujá, a produção saltou de 800 pés para 2,8 mil pés.
“Meu objetivo, se Deus permitir, neste ano, é chegar em 6 a 8 mil pés de maracujá. Nós temos uma área pronta para fazer a nossa produção aqui. Hoje a gente está produzindo. Como nós estamos no início, a gente está produzindo 50 sacas por semana, onde abastece a feira da Manaus Moderna”, explica Ângelo.
Para o Pró-Calcário, a Sepror disponibilizou R$ 2.109.979 em recursos para execução no ano de 2024. O Programa tem o objetivo de fomentar a utilização de calcário na correção da acidez do solo, proporcionando a disponibilidade de nutrientes, presentes no solo ou fornecidos pela adubação química, para a produção agrícola.
“Uma tonelada de calcário custa aproximadamente R$ 500 no mercado, se eu for comprar pelo Governo, vou pagar a metade desse valor, 50% de diferença. Isso me ajuda muito e, ainda, esse valor eu não pago à vista, posso ficar pagando anualmente”, relata o produtor beneficiado.
Sobre o Programa
O Pró-Calcário é um programa de crédito subsidiado em 50% do valor da aquisição, para incentivar o uso do calcário na correção do solo e promovendo, consequentemente, o aumento da produção de alimentos.
De acordo com a chefe de departamento de Política Agrícola, Pecuária e Florestal da Sepror, Waldélia Garcia, cada produtor pode adquirir até o limite de 100 toneladas de calcário subsidiada pelo Governo do Estado, aos que apresentarem uma análise de solo de sua propriedade.
“Quando o produtor apresenta a análise do solo pode ser adquirido até 100 toneladas ou até duas toneladas por hectare, quando é para a utilização na pecuária ou na mandioca; ou até três toneladas por hectare, quando é utilizado na olericultura, fruticultura e cultivo de grãos. O Governo subsidia 50% da aquisição desse calcário para o agricultor”, diz Waldélia.
Aos produtores rurais que desejam adquirir subsídio, devem se dirigir ao escritório do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam) local, distribuídos nos 61 municípios, e na capital, Manaus.
O projeto de financiamento é realizado por técnicos do Idam e encaminhado à Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), para análise, aprovação e liberação do recurso.
FOTOS: Emerson Martins/Sepror