A Semana Farroupilha é a festa tradicionalista mais importante para os gaúchos e o desfile de cavalarianos do dia 20 de setembro, significa relembrar nossas conquista e os heróis da Revolução Farroupilha que durou 10 anos, entre 1835 a 1845 no Rio Grande do Sul.
Com a pandemia o movimento tradicionalista gaúcho teve que parar suas atividades anuais, como tudo parou nesses dois anos, e não tivemos o tradicional desfile dos gaúchos, ano passado teve apenas uma cavalgada pela cidade, para mostrar que o movimento estava vivo dentro de nós. A Semana Farroupilha acontece entre 13 a 20 de setembro e em Alegrete acontece o maior desfile de cavalarianos do Brasil.
Este ano já voltaram às programações dentro dos CTGs (Centro de Tradições Gaúchas), onde acontecem ensaio das invernadas de danças, bailes, concurso de prendas e peões, almoços beneficientes, reuniões e rodeios. E, os gaúchos estão ansiosos para o desfile deste ano de 2022, que será mais bonito ainda, depois de tudo o que passamos com o vírus.
Entrevistamos o tradicionalista Cléo Severo Trindade, Coordenador da Semana Farroupilha, vereador e pecuarista, do Alegrete – RS.
Qual a sua expectativa com o desfile dos gaúchos este ano?
…”A minha expectativa é que venha a acontecer o desfile dos gaúchos e todas as programações da Semana Farroupilha, pois já tivemos o recomeço das atividades presenciais. Mas ainda nos preocupamos com o valor alto das rações dos cavalos, os valores da indumentária gaúcha e principalmente do exame de sanidade animal que temos que fazer nos cavalos, na qual está muito caro e é exigido para desfilar. Estou trabalhando para conseguir reduzir o valor do exame.
Este ano vai acontecer a Semana Farroupilha e o desfile também, mas acho que não terá aquele número expressivo de cavalarianos que sempre tivemos. Independente disso, minha expectativa é ótima, porque estamos recomeçando de novo, tempos melhores!”…
Quais os cuidados que precisamos ter para termos um lindo desfile?
…”Os cuidados que temos que ter é tratar bem os animais, não esporear, não andar correndo em via pública, não deixar o cavalo encilhado durante todo o dia, depois de participar das atividades tem que desencilhar o cavalo, dar um banho nele para tirar o suor, dar pasto verde ou ração para ele se alimentar e muita água para ele beber, pois precisamos cuidar bem da nossa montaria.
Cuidar da sanidade animal, tem que ter o exame do Mormo (doença infecto-contagiosa, causada por uma bactéria, que pode ser transmitida ao homem e aos outros animais), a vacina da gripe e ter a carteira do animal em dia.
Para desfilar temos que ter a encilha e a indumentária completa como o bucal, cabresto, freio, rédeas, cabeçada, xergão, carona, basto, cincha, pelego, sobre-cincha, badana, mala de poncho e o gaúcho bem pilchado em cima dele com sua bombacha, camisa, lenço, guaiaca, bota, colete ou blazer, tirador, chapéu, laço, bate-cola ou laço de camperear, pala de seda, faca.”…
Escritora
