A Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), por meio da Secretaria Executiva Adjunta de Pesca e Aquicultura (Sepa), em parceria com o Sebrae Amazonas, participou de ação junto a pescadores da Ilha da Paciência, na comunidade de Nossa Senhora de Fátima, no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), em área do acordo de pesca de pirarucu manejado.
Mais de 20 pescadores participaram do encontro, com acesso a palestras e orientações técnicas sobre oportunidades de negócios com o pirarucu de manejo e realização de monitoramento da pesca na região e seu consequente fortalecimento. A pesca foi feita no lago Verde, na frente da comunidade Nossa Senhora de Fátima, onde o ambiente aquático é de mais fácil acesso, e onde foram capturados 16 pirarucus adultos (acima de 1,5 metros de comprimento).
As palestras, entre os dias 6 e 9 de novembro, foram ministradas por técnicos da Sepror e do Sebrae-AM, mostrando que o manejo comunitário de pirarucu na Ilha da Paciência é uma atividade com potencial de impacto econômico, social e ambiental, além de proporcionar o desenvolvimento do turismo de pesca na região.
Na área social, parte da produção é distribuída para a alimentação das famílias que participam do manejo e que cumprem as etapas e regras contidas no Regimento Interno do Manejo. Na área ambiental, o manejo proporciona a conservação da espécie e dos ambientes aquáticos da área do acordo de pesca.
De acordo com o Engenheiro de Pesca da Sepror, João Bosco Ferreira, “o manejo comunitário de pirarucu da Ilha da Paciência está passando por um processo de fortalecimento. Foram redefinidos o sistema de governança da área e os atores locais responsáveis pela implementação das etapas do manejo”, finalizou Bosco.
Para o chefe do departamento de Pesca e Aquicultura da Sepa/Sepror, engenheiro de Pesca Márcio Pinheiro, “a grande vantagem da ilha da paciência é sua proximidade com Manaus, isso permite maior eficiência no escoamento de sua produção. No passado, devido à exploração desordenada, a comunidade tinha dificuldade em encontrar peixes para o próprio consumo”, destacou.
Atualmente, com o manejo, há excedentes que são negociados com os comerciantes locais. Além da produção pesqueira, a região tem grande potencial para o turismo envolvendo as áreas de manejo e a produção agrícola.
A cota de pirarucu autorizada pelo Ibama para 2024 foi de 58 unidades de pirarucu, e a Associação adquiriu lacres para colocar nos pirarucus que são capturados.
FOTOS: Divulgação/Sepror