O senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI das ONGs, questionou uma série de publicações do Instituto Socioambiental (ISA) sobre indígenas isolados. Nos textos, a organização chama atenção para os “povos isolados”, alardeando supostas ameaças que colocam em risco as populações indígenas, com direito à música. O senador afirma que as comunidades não querem mais isolamento, pelo contrário, querem independência, políticas públicas e melhores condições de vida. Como mostrou a CPI, esse isolamento é que promove a miséria e o atraso.
“O ISA repete em campanhas e publicações se referindo aos povos isolados. Isolados por eles, financiados com bilhões para isolar cada vez mais. Assim, eles não têm a menor condição de vida. Veja se isso são depoimentos de quem quer viver dessa forma. Por isso, na CPI das ONGs estamos dando visibilidade aos invisíveis, aos povos indígenas que não querem tutela e querem desenvolvimento” afirmou o senador em suas redes sociais, referindo-se aos depoimentos chocantes de lideranças indígenas à CPI das ONGs, que denunciaram exploração, perda de autonomia e que os recursos obtidos por essas organizações não chegam nas comunidades.
Em depoimentos prestados à CPI das ONGs o ISA foi citado várias vezes, em especial em depoimento de Marcelo Norkey Duarte Pereira, como responsável por estudos para definição de áreas para criação das unidades de conservação e outros espaços, inclusive reservas indígenas e reservas florestais. O presidente da CPI fez um requerimento para que a presidente do Conselho Diretor do ISA, Deborah de Magalhães Lins, preste depoimento à respeito dessas informações, assim como dos recursos públicos e de origem externa recebidos pelo ISA, sua origem, legalidade e destinação, bem como das contas referentes ao emprego de recursos públicos.