Muitos viemos a esse mundo pelas mãos das parteiras que andavam de casa em casa fazendo partos antigamente, e depois se alguém tinha dor de barriga, febre ou outros sintomas de alguma doença, as avós já vinham com um raminho para benzer, se a criança estava agitada, vinha a benzedeira(o) benzer com as brasas para tirar o mau olhado ou olho grande como se fala por aqui.
Esse seminário tem o intuito de resgatar essas pessoas que muito fizeram e ainda fazem pela comunidade onde vivem, pessoas de fé, que também usam ervas para curar, sabendo para o que é indicado cada uma delas.
São muitas as terapias que encontramos hoje em dia como: a terapia das ervas, musicoterapia, cromoterapia, Reiki, terapia das pedras, terapia do abraço, meditação, enfim são tantas que podem ser aplicadas no dia a dia das pessoas que sofrem com algum problema.
…”Alegrete é uma referência no resgate das benzedeiras graças ao nosso trabalho que já dura 10 anos, promovendo as Terapias Integrativas e a prática tradicional de cuidado em saúde.
Venho há muitos anos lutando para que o tratamento em saúde mental seja mais resolutivo e menos medicalizado. Comecei a observar no Caps de adultos, principalmente aqueles usuários com transtornos mentais graves e que precisavam de mais psicofarmacos, na qual vários morriam muito cedo, com uma média de 40 anos de idade.”…
…”Depois do Dr. João Witt (psiquiatra), que é um dos fundadores da Saúde Mental de Alegrete, há 35 anos atrás, sou a mais antiga profissional atuando já com meus 29 anos de trabalho.
Sempre foi uma busca nossa de atividades terapêuticas que pudessem amenizar os sintomas de sofrimento psíquico, bem como inserir os ditos “loucos” no convívio da sociedade.
Temos que ter clareza que em algum momento da nossa vida, todos nós ficamos frágeis e precisamos ser acolhidos, cuidados e medicados.”…
…”Nossa busca sempre foi nesse sentido do cuidado integrativo. Há 10 anos atrás eu juntamente com a nossa Aufamisma – Associação de Usuários, Familiares e Militantes da Saúde Mental de Alegrete, fundamos o “projeto fluir Alegrete” e juntamente com inúmeros voluntários levamos ao SUS, oficinas de Ioga, Reiki, meditação, dança circular sagrada, plantas medicinais, musicoterapia, dança terapia e neste caminho indo nos postos de saúde, fomos provocados por uma pessoas da comunidade a resgatar as benzedeiras.
Fui pesquisar a respeito e descobri que junto com a Política Nacional de Práticas Integrativas. Ministério da Saúde lançou alguns anos depois a Política Nacional de educação popular em saúde, onde entram os conhecimentos tradicionais de cada cultura.”…
Precisamos de mais pessoas como a Nádia, que se preocupa com a saúde do próximo, seja ela física ou mental, pois é muito importante cuidarmos da nossa saúde mental, vivemos nesse mundo tão “louco”, tão rápido e estressante que esquecemos de cuidar de nós. E a indústria farmacêutica, a cada dia que passa enriquece mais os seus bolsos, porque para eles quanto mais a gente tomar um comprimido, melhor pra conta bancária deles. Tem muita coisa que está ao nosso alcance, através de ervas e terapias, porque muita doença está dentro da mente da gente e precisamos achar mais tempo para esse cuidado conosco e com os mais próximos.
Às vezes, achamos que dentro da farmácia está a nossa cura e pode ser ao contrário, nos livrando da caixa de remédios e cuidando da nossa cabeça. Cuide-se!