O Diretor do Departamento de Comercialização do Ministério da Agricultura e Pecuária, Silvio Farnese, defendeu a harmonia entre a sustentabilidade e a agroindústria. Na audiência pública que discutiu melhorias no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Silvio afirmou que isso pode fomentar a renda das famílias brasileiras e retirar pessoas da pobreza.
“Isso gera não só um aumento de renda, mas também a possibilidade de que o produtor familiar possa colocar no mercado produtos que têm uma aceitação e uma valorização muito boa”, destacou.
Farnese lembrou ainda o impacto sobre o desenvolvimento tecnológico.“O cooperativismo é um fator que temos que fortalecer cada vez mais, uma vez que, por meio dessa integração, é possível uma melhoria do padrão de vida, inclusive de tecnologia”. Segundo o Diretor, o aporte tecnológico é essencial em um ambiente de produção, sendo necessário para a redução de custos e melhoria das condições de produção: “Com o apoio do PAA, isso torna-se possível, e as linhas de crédito discutidas e trabalhadas no Plano Safra são um fator propulsor para o desenvolvimento dessas ações”.
Presente na reunião, o deputado Eduardo da Fonte (PP/PE) afirmou que o maior desafio do atual governo é o de erradicar a fome no país e, para isso, a modernização e o fortalecimento do Programa seriam essenciais para que ele tenha um resultado efetivo.
“Nós precisamos não só garantir que sejam comprados pelo PAA os 30% de produção da agricultura familiar, mas também que a produção desse agricultor seja modernizada”. Segundo o parlamentar, a melhoria da produção do pequeno produtor também é uma demanda do setor.
No ano de 2023, a distribuição do Programa Aquisição de Alimentos foi de 500 milhões de reais por parte do Governo Federal, beneficiando, principalmente, as regiões Norte e Nordeste, identificadas como mais vulneráveis na questão alimentar. Sobre a distribuição do investimento entre estados, o Diretor de Política Agrícola e Informações da CONAB, Sílvio Porto, afirmou a definição de cinco critérios: número de famílias, o percentual de pobreza, a presença de indígenas e povos tradicionais no estado e, por fim, a taxa de desnutrição infantil.