Serão implementadas ações nas cadeias produtivas da castanha-do-Brasil, guaraná nativo e pirarucu selvagem no Amazonas. 7.500 agroextrativistas e seus empreendimentos comunitários serão beneficiados

O InovaSocioBio Amazonas é um projeto de fortalecimento e inovação das cadeias da sociobiodiversidade: castanha-do-Brasil, do pirarucu selvagem e do guaraná nativo, para a promoção de uma Bioeconomia. O Objetivo é a interiorização do desenvolvimento, o fomento aos arranjos produtivos e de comercialização das cadeias de suprimento dos produtos da sociobiodiversidade e extrativismo, além da diversificação da matriz econômica do Estado do Amazonas.
Com o objetivo de apresentar o Projeto para os principais atores e parceiros, aproximando diferentes setores envolvidos; a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), por meio da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), iniciou na última sexta-feira (12/02), reuniões virtuais com representantes de vários segmentos da sociedade que formam a chamada “hélice quíntupla” (organizações de base/terceiro setor, instituições de fomento, setor público, setor privado e academia), dando andamento às ações do Projeto.
O InovaSocioBio é resultado de um convênio do Governo do Amazonas, por meio da Sedecti, com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), garantindo um aporte de R$ 2,2 milhões, os quais serão implementados em ações de fortalecimento das cadeias produtivas da castanha-do-Brasil, guaraná nativo e pirarucu selvagem no Estado. Desse total, R$ 200 mil são de contrapartida do Governo do Amazonas, no qual irá beneficiar cerca de 7.500 agroextrativistas e seus empreendimentos comunitários, além de técnicos extensionistas, associações e cooperativas de produtores.

Na primeira rodada de conversas, foram realizadas quatro reuniões específicas com representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e Sedecti, além de representantes do Mapa, de governos municipais, da Associação Amazonense de Municípios (AAM), de representantes de Instituições de Ensino Superior (IES) e de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), da capital e do interior do Amazonas.
Durante as reuniões, o titular da Sedecti, Jório Veiga, destacou a importância do alinhamento e da colaboração do Mapa junto aos órgãos estaduais e municipais, além das cooperativas e associações, ressaltando a possibilidade da criação de feiras de bioeconomia no Brasil.
“Encontrar sinergias e unir forças é fundamental para a realização das atividades previstas e alcançar os resultados do Projeto no tempo esperado. Também é muito importante pensarmos em uma bioeconomia direcionada para contribuir significativamente ao PIB (Produto Interno Bruto) do Estado, que, com certeza, irá alavancar a economia do Amazonas”, enfatizou Veiga.
O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke, parabenizou a iniciativa do planejamento.
“É uma grande sintonia com o programa que entendemos ser um projeto piloto e de grande importância para impulsionar, também, outras cadeias produtivas do Amazonas através de suas ações”, definiu Schwanke.

Ações necessárias
O diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso, destacou nas rodadas de reuniões que o órgão vem trabalhando com as três cadeias produtivas que serão foco do Projeto (castanha, guaraná e pirarucu). Para a cadeia da castanha-do-Brasil, por exemplo, o Idam destacou o apoio ao processo de reestruturação das agroindústrias de beneficiamento.
Na cadeia do pirarucu manejado, Cardoso enfatizou a preocupação com as normas sanitárias que são as mesmas que regulamentam tanto os grandes centros de beneficiamento, quanto as atividades realizadas por comunidades tradicionais.
Já o guaraná, o diretor do Idam revelou que, apesar de haver muitos avanços em relação à essa cadeia, “ainda existe a necessidade de entender aspectos importantes sobre os mercados interno (nacional) e externo (internacional)”.
Outra rodada de reuniões virtuais devem acontecer nos próximos meses e será direcionada aos grupos de associações e cooperativas de produtores, organizações da sociedade civil de interesse público, empresas e agentes financeiros.
Com informação da Assessoria da Sedecti
Fotos: Divulgação