Projeto florestal do Amazonas vira modelo global de preservação e desenvolvimento

O projeto Mejuruá, desenvolvido no interior do Amazonas, tornou-se referência para um novo modelo internacional de preservação das florestas tropicais.

Localizado nos municípios de Carauari, Juruá e Jutaí, o projeto abrange mais de 900 mil hectares de floresta amazônica. Desses, cerca de 160 mil hectares estão destinados ao manejo sustentável, com ciclos permanentes de 30 anos, certificados internacionalmente.

A expectativa é evitar a emissão de 82 milhões de toneladas de CO₂ equivalente nos primeiros 30 anos, por meio do modelo REDD+.

A iniciativa, que une conservação ambiental com melhorias nas condições de vida das comunidades locais, está sendo apresentada como exemplo global no Dia Internacional do Planeta Terra, celebrado hoje (22/4), durante encontro em Roma.

Inspirada nesse projeto, a organização internacional I AMazonia está lançando um modelo replicável de desenvolvimento sustentável para florestas tropicais, que será apresentado em novembro durante a COP-30, em Belém do Pará.

A proposta é integrar conservação ambiental, desenvolvimento socioeconômico e geração de valor para as comunidades locais.

O modelo está sendo elaborado com apoio de instituições renomadas como a Fundação Getulio Vargas (FGV), Universidade de Harvard, PriceWaterhouseCoopers e Caritas. Entre os pilares da proposta estão:

  • Inclusão das comunidades desde o início dos projetos;
  • Geração de emprego, renda, educação e saúde;
  • Uso sustentável de produtos da floresta, como óleos, frutos e fibras;
  • Redução de emissões de gases do efeito estufa;
  • Transparência fiscal e adoção de boas práticas internacionais;
  • Estrutura financeira adequada para atrair investimentos;
  • Parcerias com instituições públicas e privadas.

A ideia é que os projetos sejam permanentes e capazes de manter seus impactos positivos no longo prazo.

A expectativa é que o modelo incentive outros países com florestas tropicais a seguir o mesmo caminho, fortalecendo uma economia regenerativa e combatendo as mudanças climáticas com soluções locais e eficazes.

Fonte: Real Time 1

Post Author: Beatriz Costa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *