BRASÍLIA- O drama da seca dos rios e o colapso do abastecimento de remédios, alimentos e combustíveis para Manaus, sensibilizou o desembargador Flávio Jardim, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que, em decisão histórica, derrotou a ação de ONGs ambientalistas e deu o esperado aval para a validação do licenciamento ambiental e continuação das obras de pavimentação da BR-319.
Em pronunciamento na tribuna do Senado hoje, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) comemorou a vitória , mostrou fotos e leu despacho do desembargador confirmando que a estrada já existe, mas com tantos buracos , na seca, e lama , no inverno, transforma em inferno o tráfego de centenas de caminhões, carros e ônibus que levam dias para chegar ao destino.
Desmentindo a ministra do Meio Ambiente e Clima, Marina Silva, que revoltou os amazonenses ao dizer que não deixaria asfaltar uma estrada só para “passear de carro”, o desembargador Flávio Jardim repetiu o que vem denunciando Plínio. E disse em seu despacho: “Trata-se de uma verdadeira estrada de barro, que permanece em atividade e que demanda urgente revitalização, sob pena de manutenção (a) do isolamento das populações que vivem nas regiões interligadas pela rodovia e (b) dos gastos com medidas paliativas de não agravamento”.
Plínio lamentou que o presidente Lula, que manifestou apoio a recuperação da BR 319, não tenha força para enfrentar Marina e sua turma .
“O Governo Lula, que eu combato, a que eu faço oposição, não é contra a estrada, é favorável à estrada, sim. O problema todo é quem manda na Marina, o problema todo é quem conduz a Marina naquele tipo de marionete. O problema é o Presidente Lula fazer o que tem vontade de fazer, o que o PT tem vontade de fazer, ficar livre da Marina, mas não tem coragem. Então nós temos que ter coragem de combatê-la”, lamentou Plínio.
Plínio ressaltou que a estrada já existe e é imprescindível para os amazonenses, mas admite que essa vitória não é definitiva e outras ações de ONGs podem encontrar amparo em algum outro membro militante do Ministério Público para suspender de novo a licença.
“Que a senhora Marina e sua trupe, que os senhores atores, senhores artistas, seja lá o que for, que tenham pelo menos o contraponto de saber que são ridículos, que são idiotas e que são hipócritas, a exemplo do Presidente da França, Macron, um tremendo idiota que não sabe o que falar, o rio dele poluído, foi uma vergonha nas Olimpíadas, e fica falando, dá lições, como se nós colônia ainda fôssemos. Nós não somos mais colônia. Se algum brasileiro sofre do complexo do colonizado – e milhares sofrem -, eu não sofro. Eu não estou aqui falando apenas por mim. Eu falo pelos meus irmãos e minhas irmãs do Amazonas, de Rondônia e de Roraima”, criticou Plínio.
*COM INFORMAÇÕES DA ASSESSORIA