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PLÍNIO MANIFESTA APOIO AOS MÉDICOS DEMITIDOS DO 28 DE AGOSTO

(Foto: Divulgação/assessoria)

 

Brasília – O senador Plínio Valério (PSDB-AM) denunciou, em discurso no plenário, a situação crítica enfrentada pelos médicos ortopedistas e socorristas do Hospital 28 de Agosto, em Manaus. Após décadas de serviço à população, esses profissionais estão sendo dispensados em razão de um contrato bilionário firmado pelo governador Wilson Lima com a Organização Social Agir, uma empresa goiana contratada sem licitação para gerir o maior hospital de trauma da região. Segundo o parlamentar, as demissões ocorreram de forma humilhante, via e-mail, e os médicos locais estão sendo substituídos por profissionais de Goiás.

 

Plínio questionou o contrato de R$ 2,04 bilhões firmado com uma organização que se declara sem fins lucrativos, destacando que tal valor é incompatível com as alegações de não lucratividade, além de apontar a ausência de licitação como um grave indício de irregularidade. “Uma empresa que recebe R$ 2 bilhões e se diz sem fins lucrativos? É preciso desconfiar. Além disso, ela reduz o número de médicos experientes e humilha uma categoria inteira”, criticou o senador.

O parlamentar também manifestou preocupação com a redução prevista de leitos no 28 de Agosto e com a transferência de pacientes para outros hospitais, que já operam acima da capacidade. A primeira parcela do contrato, no valor de R$ 33 milhões, já foi paga, mas o caos no hospital só aumenta.

 

 

Plínio enfatizou o impacto da decisão para a saúde pública e para a população de Manaus. “Ao humilharem os médicos, estão humilhando a todos nós, particularmente a mim, que reconheço o serviço imprescindível dessa categoria para a nossa cidade. O 28 de Agosto é para Manaus o que o Teatro Amazonas é para o turismo. Não podemos aceitar essa situação”, afirmou.

O senador informou que buscará a intervenção de órgãos como o Ministério da Saúde, o Ministério Público e o Tribunal de Contas para investigar o contrato e acompanhar a gestão do hospital. “Cabe à Justiça e ao Judiciário tomar providências, e é para lá que iremos. Como está, não pode continuar”, declarou.

 

Plínio lamentou a dispensa de médicos com décadas de experiência, ressaltando o valor social do trabalho realizado por esses profissionais. “São cirurgiões renomados, com uma expertise invejável, que dedicam suas vidas a atender a nossa população. Muitos deles me disseram: ‘Plínio, temos do que viver. Fazemos isso como um serviço à sociedade’. E agora, como ficará o atendimento ao povo amazonense?”, questionou o senador.

 

Ao final, Plínio reafirmou seu compromisso com a defesa da saúde pública e com os profissionais injustamente dispensados. “Como senador e representante do Amazonas, vou gritar para o Brasil todo e lutar para que providências sejam tomadas. A população e os médicos merecem respeito”, concluiu.

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