Para que mais suprimentos cheguem às aldeias indígenas, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira realizam trabalho conjunto utilizando paraquedas para o lançamento de cargas.
Desde que foi acionada, a Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou meios aéreos e militares para atuar na missão de ajuda humanitária às Comunidades Indígenas Yanomami. Com o envio de cestas básicas e medicamentos, a FAB consegue suprir as necessidades essenciais das aldeias necessitadas.
Para que mais suprimentos cheguem às localidades indígenas, a FAB realiza, diariamente, lançamentos de cargas – chamados de ressuprimentos aéreos – a bordo das aeronaves KC-390 Millennium e do C-105 Amazonas, operadas pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT – Esquadrão Gordo) e Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15° GAV – Esquadrão Onça), respectivamente.
Dessa forma, consegue-se transportar uma quantidade maior de alimentos e medicamentos em um curto espaço de tempo. Ao todo, com as duas aeronaves, a Força Aérea já realizou o lançamento de aproximadamente 120 mil lotes de cargas entre cestas básicas e medicamentos, que têm atendido às comunidades indígenas necessitadas e também à Casa de Assistência ao Indígena de Surucucu.
Os suprimentos são lançados a aproximadamente 200 metros de altura e chegam ao Quarto Pelotão de Fronteira (4º PEF – Surucucu), com a ajuda de paraquedas que são devidamente instalados nos CDS (do inglês Container Delivery System), os lotes de cestas básicas e medicamentos.
De forma conjunta, a FAB e o Exército Brasileiro (EB), por meio do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimento Pelo Ar (DOMPSA), executam todo o trabalho de instalação de paraquedas, bem como o recolhimento do material em solo.
Com a Aeronave C-105 Amazonas, a FAB já realizou o lançamento de, aproximadamente, 40 CDS de matérias de ajuda humanitária, Segundo o Sargento Rafael dos Santos Roja, responsável pela equipe de montagem da estrutura de paraquedas do 1°/15° GAV, para os lançamentos nessa missão são utilizados dois paraquedas do tipo G-13, cada um suportando até 227 quilos.
“Foram lançados, até o momento, 400 quilos de equipamentos médicos, plots de combustível e, em sua maioria, cestas básicas. Utilizamos dois paraquedas por CDS. Assim, em média, são lançados seis CDS, totalizando 12 paraquedas por dia”, explicou.
De acordo com o Tenente Renato Moreira Ciscotto – paraquedista do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo ar (BDOMPSA) e responsável pelos lançamentos a bordo do KC-390 – , são usados dois tipos de paraquedas: o G-12, com capacidade para suportar até uma tonelada e o C-6, um conjugado de seis paraquedas que possui a mesma capacidade de suporte.
Para o lançamento pelo KC-390, o Tenente Ciscotto relata que o planejamento de lançamento inclui o lançamento de cada CDS com 36 cestas, totalizando 800 quilos. Dessa forma, o suprimento chega ao 4º PEF da forma mais segura possível. “Hoje conseguimos lançar de dez a onze CDS por dia, até o momento já lançamos mais de 40 toneladas”, concluiu.
Logística reversa
Após o lançamentos, equipes de terra em Surucucu, coordenada pelo DOMPSA, realizam o recolhimento de todo o material de paraquedas e cadaçarias e aguardam a chegada da aeronave C-98 Caravan da FAB, que é responsável por trazer de volta para a Base Aérea de Boa Vista (BABV), todo esse material, para que sejam feitas as dobragens dos paraquedas e a montagem de novos CDS a serem utilizados nos lançamentos do dia seguinte
Fotos: Sargento Lucas Nunes/ CECOMSAER
Vídeo: Sargento Neris/ CECOMSAER
Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Eniele Santos