O Comando Militar da Amazônia (CMA) recebeu na manhã desta segunda-feira (25), mais de 90 acadêmicos finalistas do Instituto Militar de Engenharia (IME), que estão desde a última semana, em imersão no contexto amazônico como complemento à formação militar e acadêmica, diante da edição 2024 da Operação Ricardo Franco.
No Quartel-General (QG), os futuros engenheiros da Força Terrestre foram recepcionados pelo Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Costa Neves que, em um diálogo com os acadêmicos, abordou temas que destacaram os desafios e oportunidades na região amazônica, enfatizando a relevância estratégica para o Brasil e para o mundo.
O Comandante destacou a importância da Amazônia, apontando o crescente interesse global pela região. Em análise, foram abordados desafios logísticos como o regime das águas, os vazios demográficos e lacunas em pesquisas científicas, além de questões relacionadas ao crime organizado nas fronteiras. O General também enfatizou a importância da atuação do CMA no enfrentamento dessas adversidades, especialmente por meio de operações que reforçam a soberania nacional e apoiam as comunidades locais.
Outro ponto destacado foi a vocação estratégica da Amazônia. O General Costa Neves detalhou as ações do CMA na faixa de fronteira, e apresentou alguns dos resultados das diversas operações que são desencadeadas durante o ano, como destaque para as Operações Catrimani e Amanaci, que ilustram o comprometimento das Forças Armadas com a proteção ambiental, a segurança territorial e o apoio aos povos originários.
A palestra também mencionou o papel do Núcleo de Estudos Estratégicos e do Instituto de Pesquisas do Exército na Amazônia (IPEAM), como ferramentas para fomentar pesquisas e criar soluções adaptadas às especificidades da região. O General ressaltou que esses esforços são fundamentais para consolidar políticas de defesa alinhadas às diretrizes do Conselho de Defesa Nacional (Condefesa).
A Operação Ricardo Franco é reconhecida por unir teoria e prática, proporcionando aos futuros engenheiros militares a oportunidade de vivenciar desafios reais enfrentados pelo Exército Brasileiro na Amazônia. Além de contribuir para o desenvolvimento técnico, a atividade reforça a consciência dos participantes sobre a importância de preservar e proteger os recursos naturais e culturais da região. A Operação segue até o final desta semana com o Estágio de Adaptação na Selva (EAS).
*CMA