Em meio à imensidão da floresta amazônica, onde o acesso à saúde ainda é um privilégio distante, a Operação Ágata Curaretinga II vem fazendo a diferença. Realizada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), a ação combina segurança, assistência social e cidadania, levando atendimentos médicos, odontológicos e educativos a comunidades indígenas e ribeirinhas que, muitas vezes, só veem o Estado chegar por meio das Forças Armadas.
A operação, que integra a estratégia de combate a crimes transfronteiriços e ambientais, reafirma o papel do Exército como força de presença e cuidado com o povo amazônida. Mais do que patrulhamento, a Curaretinga leva esperança, saúde e dignidade para localidades distantes da estrutura urbana e hospitalar, com impactos reais na vida das populações atendidas.
Logística de saúde em meio à floresta: estrutura e alcance da operação
Com uma estrutura logística robusta, a Operação Curaretinga II alcançou comunidades de difícil acesso nos estados do Amazonas, Roraima e Rondônia. A missão envolveu transporte fluvial, terrestre e aéreo, além da mobilização de profissionais de saúde, medicamentos, insumos odontológicos e água potável. Em Bonfim (RR), na Terra Indígena Serra da Lua, 234 atendimentos médicos e 92 odontológicos foram realizados, além da entrega de centenas de medicamentos.
No estado de Rondônia, a ação chegou às Terras Indígenas Igarapé Lage e Igarapé Ribeirão, onde foram distribuídos 8.400 litros de água potável. A eficiência logística e o compromisso com a saúde básica revelam a capacidade do Exército em operar como vetor de apoio humanitário, com impacto direto na qualidade de vida de populações vulneráveis.
Ações de cidadania: saúde, educação e acolhimento nas comunidades
A operação não se limitou aos atendimentos clínicos. Foram distribuídas cestas básicas, kits de higiene, brinquedos para crianças e realizadas palestras sobre prevenção de doenças, ingresso nas Forças Armadas e saúde mental. Em um ambiente de acolhimento e respeito, crianças participaram de atividades cívicas, como o hasteamento do Pavilhão Nacional, além de recreações educativas como pista de cordas e pintura do “Recrutinha”.
Essas ações reforçam os laços entre as Forças Armadas e as comunidades locais, promovendo educação para a cidadania e fortalecimento comunitário. Em muitos casos, essa é a única oportunidade de contato com profissionais de saúde e de acesso a orientações que fazem a diferença no cotidiano das famílias amazônicas.
Exército como agente de coesão e presença do Estado na Amazônia
A Operação Ágata Curaretinga representa mais do que uma resposta à criminalidade: ela simboliza a presença efetiva do Estado brasileiro em áreas esquecidas. Em comunidades onde muitas vezes não há postos de saúde, escolas ou infraestrutura mínima, os militares levam não só cuidados médicos, mas também respeito, atenção e esperança.
O Comando Militar da Amazônia, com histórico de atuação que alia defesa e compromisso social, mostra que proteger o território nacional inclui cuidar das pessoas que vivem em suas regiões mais remotas. A operação reafirma o Exército como instrumento de união, segurança e dignidade, fortalecendo o elo entre a Nação e os brasileiros que vivem nas margens dos grandes rios da floresta.
Fonte: Agência Amazonas