O PADEL é um esporte para todas as idades e de inclusão social, conheça a história do Norton Campos que engrandece a quadra com seu projeto, mesmo depois de um acidente na qual usa prótese no fêmur

Temos muitas histórias de resiliência dentro dos esportes em geral, hoje conheceremos uma destas lutas diárias e a coragem de seguir em frente sempre de cabeça erguida e com a função de incluir pessoas de baixa renda, assim como crianças especiais e abrigadas judicialmente.

Essa é a vida de Norton Campos que atualmente reside no Balneário Gaivota em Santa Catarina.

…”Após um acidente motociclístico e várias cirurgias, colocamos prótese total no fêmur com haste na bacia. Eu jogava e dava aulas de tênis durante muitos anos e disputando vários torneio do Rio Grande do Sul.

Após dois anos e meio depois do acidente alguns amigos me convidaram para conhecer o PADEL, em uma quadra recém inaugurada na cidade de Venâncio Aires – RS.

Gostei tanto do jogo que falei para eles: vou fazer aulas, jogar e ainda ser professor. Todos riram…kkk, um cara recém operado…”

…”Enfim, fiz aulas com os melhores professores da região. Na época o Stefano Flores, da nossa amada cidade do Alegrete-RS dava aulas e morava em Santa Cruz do Sul, com o professor Antônio Garcia em Lageado e depois Augusto Gassen também em Santa Cruz do Sul.

Após um tempo jogando torneios e dando aulas, já com 50 anos de idade (na época), vi um filme com crianças especiais e pensei em envolve-las em um Projeto Social.”…

…”Iniciamos então em Lageado e Venâncio Aires, ambas cidades gaúchas, com as APAES, uma vez por semana. Há mais de 16 anos atrás, então o projeto foi crescendo. Iniciamos lá em Curitiba no estado do Paraná, Joinville em Santa Catarina e íamos iniciar em São Paulo e daí veio a pandemia que ceifou várias vidas e tivemos que encerrar tudo.

No Rio Grande do Sul o projeto foi em mais de 15 APAES, espalhados pelo Estado, no auge do projeto tivemos mais de 1500 crianças especiais envolvidas com o padel.”…

…”Morei quase 19 anos em Arroio do Meio, Vale do Taquari, o projeto se destacou por lá também, juntamente com a AMAM – Associação de Menores, Crianças e Adolescentes, crianças especiais, assim como com crianças abrigadas judicialmente. Naquela época eu era concursado para o Conselho Tutelar. Depois vieram várias enchentes onde perdi tudo várias vezes.

Agora, fazem um ano e meio que resido em Balneário Gaivota – SC, na qual temos o projeto por aqui toda quarta-feira, das 13.30 às 16.30hs, numa quadra municipal que é aberta na praia TURIMAR.

Aqui nosso projeto é em parceria com o “Projeto Mais Gaivota” com idosos, PCDs, crianças e adolescentes carentes. Com uma família atípica aqui, André Fortes, que é o coordenador do projeto. Nesse Carnaval organizamos um bloco de inclusão social, momento histórico na nossa GAIVABEACH.”…

…”Tive um acidente com mais de 20 fraturas e 9 fraturas expostas. Mais de 8 meses em cima de uma cama, 4 meses de cadeira de rodas, 3 meses de andador e meses de muletas amarradas na cintura.

Após mais de 2 anos me recuperando, então consegui a cirurgia para a colocação de prótese total de fêmur com haste na bacia. Um mês após a colocação da prótese joguei um torneio de tênis da SOVA, em Venâncio Aires sagrando-me vice-campeão, era um torneio pop organizado e patrocinado pela RBSTV e 30 dias após, conheci o padel, e o restante foram mais de 12 anos de sucesso na categoria acima de 50 anos, ganhando mais de 70 troféus em vários torneios pelo Brasil, Uruguai e Argentina, sempre em 2 categorias a máster e a 3ª categoria depois dos meus 60 anos.”…

Escritora

Márcia Ximenes Nunes

Post Author: Márcia Ximenes Nunes

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