Sendo que no Brasil 22 mil óbitos foram confirmados oficialmente
A China e os Estados Unidos da América (EUA) travam uma guerra nos bastidores por influência global, que hoje se evidenciou, abertamente, com a declaração do chanceler chinês Wang Xi, ao disparar contra Washington dizendo que Donald Trump está fazendo do Coronavirus um carro de batalha contra Pequim, a exemplo da Guerra fria do passado (quando EUA e a extinta União Soviética) lutavam pela hegemonia geo política do planeta.
Mas o que o Brasil e a Amazônia tem a ver com este conflito entre as duas superpotências? Tudo. Nós somos os maiores exportadores de grãos para a China e a Amazônia é o mais importante laboratório natural de biodiversidade do planeta, um tesouro cobiçado globalmente. Os EUA, por sua vez, é o parceiro ideal nas relações bilaterais, uma realidade histórica que com Jair Bolsonaro e Donald Trump no poder ganhou mais força, em que pese o drama da pandemia que devasta o planeta com mais de 342 mil mortes; sendo que nos EUA 97.100 morreram, a nação que mais sofre com o mortal virus nascido e criado na China, como tem afirmado Washington. O Brasil, até o momento, registra 22 mil óbitos, dos quais 1.669 no Amazonas (em 22/05).
O Congresso Americano de maioria Republicana no Senado, estuda reparações financeiras da China aos EUA, pelas mortes da pandemia em seu território. A Casa Branca entende que os chineses não alertaram com antecedência a comunidade internacional e muito menos a Organização Mundial da Saúde (OMS), com sede em Genebra, sobre a letalidade e propagação à velocidade de um carro de Fórmula 1 do coronavirus.
Os americanos também levantaram suspeitas de que o coronavirus é fruto de um acidente em laboratório químico do governo chinês em Wuhan, que teria saído do controle das autoridades chinesas e infectado parte da população local, portanto, sua origem seria laboratorial e não biológica de serpentes ou morcegos, linha de defesa de Pequim.
Este é o cenário de conflito entre os gigantes mundiais, onde os interesses comerciais estão sendo afetados intensamente. Mas os EUA não vão ficar quietos frente ao coronavirus que varre as planícies, montanhas, lagos, vales e cidades de seu território, notadamente, a ‘Grande Maçã: New York, onde o surto é mais gritante
Texto: Antonio Ximenes
Fotos: Reprodução