“Amargo doce que eu sorvo
num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
que passa de mão em mão
traduz, no meu chimarrão,
em sua simplicidade,
a velha hospitalidade
da gente do meu rincão.”
(poesia Chimarrão, de Jayme Caetano Braun)
O chimarrão é o símbolo da hospitalidade e amizade dos gaúchos, em toda casa que mora um gaúcho tem uma cuia, bomba e erva-mate para tomar aquele mate quentinho de manhã quando começa o nosso dia. Com aquela erva-mate verdinha e o mate espumoso dentro da cuia.
Essa bebida é símbolo do nosso estado e da nossa tradição, pois é um dos maiores exemplos do que é a palavra “tradição” significa, que são os usos e costumes de um povo passado de pai para filho e de geração em geração, pois aqui no nosso estado o guri ou piá já toma chimarrão desde pequenino.
Também é chamado de mate, é um legado dos índios Guaranis, sempre presente no dia a dia do povo gaúcho. Podemos matear solito, de manhã cedinho e colocarmos nossos pensamentos em ordem enquanto mateamos ou na roda de chimarrão, onde a cuia percorre de mão em mão, e com ela transporta a história, tradição e a essência do povo gaúcho que vive para cultuar suas tradições.
OS 10 MANDAMENTOS DO CHIMARRÃO:
– Não peças açúcar no chimarrão
– Não digas que o chimarrão é anti-higiênico
– Não deixe um mate pela metade
– Não te envergonhes do “ronco” no fim do mate
– Não mexas na bomba
– Não altere a ordem em que o mate é servido
– Não “durmas” com a cuia na mão
– Não condenes o dono da casa por tomar o primeiro mate
– Não digas que chimarrão dá câncer na garganta
– Não digas que o mate está quente demais
Escritora
