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O charque foi um dos principais produtos para a economia do Rio Grande do Sul durante um longo período, ainda faz parte das tradições e muito bem inserido dentro da culinária gaúcha

 

É uma tradição do Rio Grande do Sul o consumo do charque, sendo ele no arroz de carreteiro, no escondinho, no feijão, no macarrão, nhoque, ravióli e muitas outras receitas deliciosas que encontramos aqui no Estado gaúcho.

 

O charque é uma carne salgada e seca ao sol, com o objetivo de mantê-la própria ao consumo por mais tempo. Tem uma salga e exposição solar maiores que outras carnes dessecadas, sendo empilhadas como mantas em lugares secos para a desidratação.

Um alimento tradicional dos gaúchos e foi produzido no Estado desde o século XVIII. Os jesuítas já produziam charque nas reduções e os charqueadores, tropeiros, estancieiros e militares também o faziam para conservar a carne que sobrava e tornou-se um dos principais produtos para a economia durante um longo tempo.

Atualmente o charque é utilizado em preparos tradicionais da culinária na preparação de diversos pratos, pois até linguiça de charque temos por aqui.

As charqueadas permitiram o aproveitamento da carne até então sem valor de mercado. A primeira charqueada foi realizada em 1780, pelo cearense José Pinto Martins, nas margens do rio Pelotas. As instalações eram simples, constando de um galpão onde se preparava e salgava a carne e dos secadores ao ar livre.

Escritora

Márcia Ximenes Nunes Chaiben

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