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Nossa entrevista de hoje é com o engenheiro agrônomo Fernando Mallmann, de Ilópolis no Rio Grande do Sul

Um engenheiro agrônomo realiza o planejamento, organização e manutenção dos processos agrícolas. Responsável pelas técnicas de melhoramento do plantio, combate as pragas, colheita, armazenamento e até comercialização dos produtos de origem animal e vegetal. Essa profissão mescla os conceitos das ciências humanas, exatas e biológicas. Responsável por melhorar a produtividade em plantações e rebanhos. Crescimento da área se reflete em mercado de trabalho aquecido pelo agronegócio

Nossa entrevista de hoje é com o Fernando Luís Barcellos Mallmann, engenheiro agrônomo, natural de Lajeado, mas morando atualmente em Ilópolis, RS.  O nome da cidade não é por acaso: “polis” em grego significa cidade e o nome científico da planta mais cultivada no município é “Ilex paraguariensis” (erva-mate).

Nos conte um pouco dos seus projetos de agroturismo?

…”Primeiramente, é importante diferenciar o turismo rural do agroturismo.  A grosso modo falando, o turismo rural é quando tu possuis uma propriedade para acampamento ou dispõe de uma cabana para per noite ou não, possui trilhas, tem uma cascata, serve almoço ou lanche.
No agroturismo, o teu saber fazer e ensinar é o maior atrativo. As pessoas interagem mais.
Normalmente é o colono, proveniente da agricultura familiar, que hoje em dia tem a tendência de ser mais procurado, mas não é regra. Aqui em Ilópolis, região de descendentes de italianos, constituída de pequenas propriedades, somos conhecidos como um dos municípios que mais se planta erva-mate no país. Quem não tem curiosidade de ver como era feito antigamente a colheita, a secagem e o beneficiamento e, sorver um mate feito dessa forma? De aprender a fazer um bolo ou pão com erva-mate?
Numa propriedade rural, tudo o que tu plantas ou trata o solo já é um atrativo para o
agroturismo.  Algumas correntes entendem que a propriedade deve ser isenta de agrotóxicos e sementes geneticamente modificadas. A separação do teu lixo, a horta orgânica, a horta ecológica “onde o mato toma conta, mas de forma controlada”, as diferentes técnicas de conservação dos solos, cultivo de flores, um pomar de pitayas.  As pessoas querem colher e comer no pé ou nas refeições do dia.”.

 

 Em que momento da sua vida decidiu ser um engenheiro agrônomo?

…”Foi meu avô materno, Bento Barcellos, que em 1985, me incentivou primeiro a cursar o Técnico em Agropecuária, no município de Teutônia, RS, para ter mais embasamento, já que eu era de procedência urbana. Na época ele era professor no Colégio Agrícola de Erechim, RS. Durante o curso decidi que seria a Agronomia. Depois de formado coloquei como projeto de vida: criar um Centro de Treinamento para Agricultores. Tudo o que fiz posteriormente foi pensando neste projeto. Cursei em 1989, Engenharia de Alimentos, em Rio Grande, depois em 1992, Agronomia, em Pelotas e, em 2010, Arquitetura e Urbanismo, em Lajeado. O único que levei até o fim foi o de Agronomia.
Fiz diversas visitas a Institutos de Pesquisa, Universidades, participei de inúmeros Congressos e fiz diversos cursos e estágios, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste, do Brasil. Tornei-me um jovem idealista!”…

…”Não cheguei ao sonhado Centro de Treinamento, mas estou em processo de torná-lo realidade num futuro próximo, mais adaptado à realidade atual: uma Cooperativa de Pequenos Agricultores, em Ilópolis, com diversos segmentos de negócios, entre eles, o Agroturismo. Penso que uma cooperativa não se forma da noite para o dia. As pessoas tem que entender dentro do seu tempo, o que é o movimento, para não se dissolver mais adiante por falta de gestão.
Tive experiência na prática com o cooperativismo muito cedo. Idealizei e busquei informação durante 2 longos anos para a fundação de uma cooperativa de consumo. Fiz cursos de cooperativismo, conheci as cooperativas de Santa Maria, RS, e em Viçosa, MG. Fundamos a COOPEL-Cooperativa de Livros dos Estudantes de Pelotas Ltda, quando estudante de Agronomia em dezembro de 1993. Uma cooperativa de consumo, para a aquisição de livros novos a preços de custo. Fui o primeiro Diretor Presidente.”…

Escritora

Márcia Ximenes Nunes

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