O Ministério da Saúde concluiu 1.518 ações na infraestrutura da saúde indígena no território Yanomami. As intervenções ocorreram entre janeiro de 2023 e junho deste ano. Entre as principais medidas estão reforma de unidades básicas, instalação de sistemas de abastecimento de água, instalação de sistemas fotovoltaicos e manutenção de pistas de pouso.
As ações seguiram as diretrizes da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no Território Yanomami, decretada em janeiro de 2023, e foram guiadas pelas exigências e necessidades da população local.
“As operações foram executadas em resposta às necessidades e demandas identificadas no Território Yanomami, bem como, em conformidade com as prioridades estabelecidas, levando em consideração a disponibilidade e viabilidade logística e operacional de materiais, equipamentos, insumos, mão de obra e fatores externos”, informa a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde.
As ações incluíram reestruturação de 10 unidades básicas de saúde indígena (UBSIs); 109 implantações, reativações e melhorias em sistemas de abastecimento de água; instalação de 22 sistemas fotovoltaicos; 249 medidas de gerenciamento de resíduos sólidos e 411 de monitoramento da qualidade da água. Adicionalmente, foram realizadas 80 operações de limpeza e manutenção de pistas de pouso para garantir a acessibilidade e segurança nessas áreas críticas.
Neste período, a pasta construiu sete UBSIs e reformou outras três. Sete estabelecimentos estão com obras em andamento, que serão entregues em breve. O investimento do ministério na assistência do povo Yanomami subiu 2.498%. O montante saltou de R$ 1,3 milhão, no período entre 2019 e 2022, para R$ 34,2 milhões atuais. O valor, de acordo com a Sesai, foi usado na ampliação e melhoria da estrutura da saúde da população indígena.
Ação conjunta
O povo Yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, em uma ação interministerial, o Ministério da Saúde aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e trabalhou para garantir a assistência e combater as principais doenças, como a malária e a desnutrição.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil e Reprodução