A travessia de domingo foi marcada pelo pior trecho da Transamazônica.
No último domingo (18), o comboio partiu de Jacareacanga para a cidade de Itaituba, ambas no estado do Pará. A viagem começou às 6h da manhã e teve uma duração média de 10h, devido as condições desfavoráveis encontradas na rodovia, como aclives e declives acentuados. Segundo os militares esse foi o pior trecho encontrado na BR-230.
“Nós estamos percorrendo nessa jornada o trecho entre Jacareacanga e Itaituba, fizemos a metade do percurso e observamos que esse é o itinerário com maiores dificuldades para deslocamento de veículos, viaturas e comboios militares. As pontes apresentam problemas de manutenção, temos muitos aclives e declives e estreitamento da rodovia. Então é um trecho que carece de bastante cuidado e muita atenção”, pontuou o comandante da operação, o General Marcelo de Carvalho.
Foram percorridos 390km com velocidade média de 40km/h entre as duas cidades, com as dificuldades na pista a viagem durou o dobro do que é esperado em viagens com essa quilometragem.
Nesta parte do deslocamento foram vistoriadas 34 pontes, onde a maioria está precisando de manutenção. E foram identificados ainda 306 bueiros.
Operação Transamazônica
A operação iniciou no dia 14 de julho, partindo de Manaus. A tropa já percorreu mais de 1000 km pelas BRs 319 e 230, passando pelas cidades de Humaitá, Apuí, Jacareacanga e Itaituba.
A Operação Transamazônica é uma atividade militar transversal às outras de emprego e preparo do Exército, a exemplo da Operação Amazônia, voltada para a Defesa da Pátria, Operação Samaúma, com características Interagências e Operação Xingu, destinada ao adestramento da Arma de Engenharia em estradas. Isto porque a Operação Transamazônica permite coletar as características e restrições das rodovias BR-319, BR-230 e BR-163 para que os Estados-Maiores das forças militares elaborem os estudos para emprego das diferentes tropas.