Marinha reforça sistema de comunicações na Amazônia Azul

Invisível aos olhos, mas vital para a defesa nacional, a rede de comunicações da Marinha do Brasil conecta navios, submarinos, aeronaves e bases terrestres com precisão e segurança. Neste 28 de março, Dia das Comunicações Navais, a Força celebra o legado do Vice-Almirante Tácito Reis, patrono da especialidade, e anuncia avanços importantes na modernização do SISCOM e da RECIM, redes que sustentam a vigilância e a operação na Amazônia Azul.

Avanços tecnológicos no SISCOM e no uso de HF

A modernização do Sistema de Comunicações da Marinha (SISCOM) tem sido uma das prioridades estratégicas da Força. A aquisição de rádios de Alta Frequência (HF) de banda larga, com comandos automáticos e tecnologia de controle remoto, vem ampliando a resiliência da comunicação naval, especialmente em ambientes hostis ou com falhas satelitais. A revitalização dos sistemas de HF, antes relegados à obsolescência, representa hoje uma alternativa segura e eficiente frente a cenários de guerra cibernética e ataques antissatélite.

Tecnologias como o Automatic Link Establishment (ALE), recursos de correção de erros, modulação digital avançada e voz digital criptografada fazem parte do novo padrão operacional das Estações Rádio da Marinha. A estrutura cobre todo o território nacional com unidades em RJ, BA, RN, PA, RS, MS, DF, SP e AM, garantindo o comando e controle em tempo real, independentemente das condições ambientais ou geográficas.

A importância estratégica da RECIM e da segurança cibernética

Interligando as organizações militares da Marinha em todo o país, a Rede de Comunicações Integrada da Marinha (RECIM) assegura o fluxo seguro de dados para fins operacionais, logísticos e administrativos. Com suporte a unidades em missão no exterior, como a Estação Antártica Comandante Ferraz, e integração com o Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), a RECIM consolida-se como infraestrutura crítica para a defesa do Brasil.

A segurança cibernética também é foco central. A Marinha emprega criptografia avançada, redundância de enlaces, centros de monitoramento e protocolos de resposta a incidentes para proteger a integridade da informação. Nas novas Fragatas Classe Tamandaré, por exemplo, essas medidas são aplicadas de forma robusta, garantindo operação segura mesmo diante de ataques sofisticados. O domínio do ambiente cibernético é agora tão estratégico quanto o controle do mar.

A missão das comunicações navais na proteção da Amazônia Azul

A chamada Amazônia Azul, área marítima de mais de 5,7 milhões de km², abriga riquezas minerais, biodiversidade e rotas comerciais vitais. Para protegê-la, a Marinha do Brasil mantém uma rede de comunicações que permite ações coordenadas, rápidas e integradas. O SISCOM, a RECIM e o SISCOMIS garantem a conexão contínua entre as unidades navais e as bases em terra, permitindo a coordenação de operações de busca e salvamento, combate a ilícitos, vigilância e apoio à segurança da navegação.

As comunicações navais não são apenas um elo técnico, mas uma expressão do poder estatal no mar, conectando a soberania nacional à tecnologia de ponta. Ao investir em infraestrutura resiliente, interoperável e segura, a Marinha do Brasil reafirma sua capacidade de defender os interesses marítimos do país em qualquer cenário.

Fonte: Defesa em Foco

Post Author: Ryan Jatahy

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