Lideranças Indígenas reconhecem avanços no combate ao garimpo na Terra Indígena Yanomami

Boa Vista (RR) – Em um sobrevoo organizado pela Casa de Governo, na Terra Indígena Yanomami, diversas lideranças reconheceram a eficácia do trabalho desenvolvido no combate ao garimpo dentro do território. Nas palavras da liderança Júnior Hekurari Yanomami, representante da associação Urihi, a recuperação é visível. “Estamos vendo a esperança das comunidades voltando, o trabalho que está sendo feito está devolvendo a esperança para as comunidades”, declarou.

“A terra estava doente por causa do garimpo, mas agora ela começa a respirar de novo. É importante que continuem protegendo nossa terra para que ela não adoeça novamente”, afirmou Davi Kopenawa Yanomami, ao observar o território da aeronave.

O evento contou com a presença de representantes das associações Hutukara, Urihi e Wanasseduume, além do Procurador da República Alisson Marugal, do Ministério Público Federal (MPF), que destacou a relevância da iniciativa. “Essa aproximação é extremamente importante para proporcionar o diálogo entre as lideranças indígenas, as comunidades, as associações e o poder público, permitindo que o trabalho aqui, em relação ao combate ao garimpo, seja mais eficiente. Participaram, ainda, autoridades da Polícia Federal, Forças Armadas, Força Nacional, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

O Exército Brasileiro atua na região por meio da Operação Conjunta Catrimani II que, além de alcançar a redução de mais de 96% do garimpo ilegal na região, conseguiu zerar a abertura de novas áreas de extração. Além disso, a apreensão de minérios é superior às 90 toneladas, incluindo a cassiterita e o ouro. A despoluição dos rios da região, devido ao fim do lançamento de mercúrio nas águas, foi possível de ser constatada por imagens de satélite.

Todo este esforço reforça o compromisso das Forças Armadas com o apoio e respeito aos povos originários e o combate aos crime ambientais na faixa de fronteira.

*CMA

Post Author: Bruna Oliveira

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