Lembrando o que fazíamos no verão em alguns anos atrás e era tudo muito divertido

Antigamente, não tão distante assim, quando chegava às férias de verão era comum ir tomar banho nos rios da cidade, pois era a única maneira de nos refrescarmos e, às vezes, até pescar. Era o famoso piquenique de domingo, assim que fugíamos do calor naquela época.

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Nossa casa não tinha ventiladores, até porque ventilador e televisão era um produto caro e eram poucas as pessoas que tinham em suas residências, sendo que a TV era preto e branco, a internet não existia e nem fazia falta naquele tempo e com isso tínhamos o costume de ler livros. Celular e telefone? Muito menos, se você queria falar com alguém tinha que encontrar pela rua ou ir até a casa da pessoa, e ter contato com alguém de outra cidade, enviávamos uma carta pelo correio que demorava uma semana pra chegar. As nossas brincadeiras eram nas ruas e em algumas calçadas, as ruas eram quase todas sem calçamento.

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Os meninos jogavam bola no meio da rua cheia de terra e pedras, também eram poucos que tinham tênis e jogavam de pés descalços. Calça jeans era uma raridade, tínhamos uma e nossa mãe tentava no máximo fazer com que ela durasse bastante tempo, até porque o dinheiro era curto e tudo ainda era caro. As meninas brincavam de bonecas e tinha as bonecas de papel que nossos pais compravam, e depois a gente confeccionava as nossas próprias bonecas e com roupinhas de papel, pulava elástico, amarelinha,  queimada, telefone sem fio, claro que não tinha problema nenhum se os meninos brincassem junto, porque as meninas também jogavam bola com seus irmãos.

Íamos para a escola caminhando, carro era direito de poucos e só era usado pra passear, quando as meninas tinham seus 11 anos elas ganhavam um diário para escrever tudo o que acontecia no decorrer do dia, assim como escrever poemas.

E, quando chegava o domingo, o dia tão esperado durante a semana, ia toda a família para a beira do rio, seja no Ibirapuitã, caverá, poço de bombas ou qualquer outro rio que passava nas cidades.

Nossos pais se programavam no sábado para ver o que precisavam levar para o passeio. Geralmente a mãe deixava o arroz-de-carreteiro fritinho na panela de ferro para que quando chegasse a hora do almoço era só colocar a água quente. A comida era feita no liquinho ou no fogo de chão e a comida era muito gostosa.

Faziam gelo em casa, porque tinha que levar muita água para beber, também era feito o pão caseiro e a chimia para passar no pão para o lanche da tarde, porque a água dá uma fome. Não tomávamos refrigerante era suco de saquinho e lá tomávamos banho de rio o tempo inteiro, obedecíamos os nossos pais e ficávamos na água no lugar que mandavam para ninguém se afogar. O pai nos ensinou a nadar dentro do rio e contra a correnteza, era tudo muito divertido se tinha areia ou grama os meninos estavam lá com uma bola de futebol, pegávamos as pedras bonitas que tinham na beira do rio, as bóias eram de câmara de pneu, mas nós nunca tivemos, por isso aprendemos a nadar bem cedo pra se virar na água. Protetor solar nem usávamos e assim eram nossos domingos durante muitos anos, aqueles tempos que não voltam mais, e era divertido e prazeroso aqueles momentos. Chegava à noite daí guardávamos tudo dentro do carro e voltávamos para casa, cansados do dia intenso e depois dormir era uma tranquilidade.

Escritora

Márcia Ximenes Nunes Chaiben

Post Author: Márcia Ximenes Nunes

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