Uma investigação revelou irregularidades na geração de tokens de carbono na Fazenda Floresta Amazônica, localizada em Apuí, no Amazonas. O projeto, que abrange uma área de 145 mil hectares, tem 68% de seu território sobreposto ao Projeto de Assentamento Aripuanã-Guariba, conforme dados do Incra e do MapBiomas.
O mercado de tokens de carbono, criado para incentivar a redução de emissões de gases de efeito estufa, enfrenta sérias ameaças à sua credibilidade devido a irregularidades como essa. O proprietário da fazenda, Marco Antonio de Melo, declarou desconhecer as infrações antes do início da investigação. Até o momento, as empresas envolvidas não se manifestaram publicamente.
Três empresas estão sob suspeita: Reag, Greener e Pachamama. A Reag, uma gestora de investimentos, e a Greener, com sede na Suíça, são acusadas de participação no esquema. A Pachamama, que tem entre seus sócios o ator Bruno Gagliasso, João Marcello Gomes Pinto e Rodrigo Rivellino, também está sendo investigada.
Em nota, a Pachamama afirmou que houve apenas uma permuta de tokens, enquanto a Greener alegou que já realizou a venda de US$ 6 mil em créditos. O caso segue em apuração.
Texto: Ryan Jatahy
Fotos: Reprodução/Internet