IBGE atinge 95% de recenseamento da população indígena e quilombola

Os dados sobre os povos originários e tradicionais foram divulgados no último dia 8 durante o primeiro Encontro de Superintendentes do instituto, em Brasília. 

Marta Antunes, Artur Nobre Mendes, Marta Azevedo e Diana Sawyer ao lado do presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo (foto: Cal Guimarães/Agência IBGE Notícias)

Cerca de 95% da população indígena e quilombola já foi recenseada pelo Censo 2022, cujo término está previsto para o próximo mês de abril, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados sobre os povos originários e tradicionais foram divulgados no último dia 8 durante o primeiro Encontro de Superintendentes do instituto, em Brasília. Participaram do evento o antropólogo, indigenista e coordenador-geral de Gestão Estratégica da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Artur Nobre Mendes; e a antropóloga e demógrafa Marta Azevedo.

Ambos os convidados já exerceram o cargo de presidente do órgão indigenista. Artur Nobre avalia que os resultados do Censo 2022 são importantes para a política pública, para os povos indígenas e para a ciência demográfica. “A partir de agora, mais que um retrato, teremos um ‘filme’, pois poderemos comparar esses dados com os que foram coletados no censo anterior”, comparou Nobre. “Até antes do Censo 2010, as populações indígenas eram invisibilizadas. Foi a partir do trabalho do IBGE que pudemos captar a realidade dessas pessoas”, comentou o indigenista e antropólogo da Funai.

Na avaliação de Marta Azevedo, a questão indígena é uma pauta mundial diante dos problemas dos Yanomami, o que confere ainda mais relevância ao Censo 2022.  Ela destacou a capacidade do IBGE para realizar o recenseamento indígena em termos de saúde, educação, saneamento, uso da terra e outros aspectos da vida cotidiana tanto da população aldeada quanto dos indígenas que vivem nas cidades. “Onde são necessárias escolas indígenas? Quantas vacinas devemos distribuir em cada localidade?”, exemplificou a especialista, lembrando que o Censo 2022 pode responder a essas questões.

O presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, salientou o cuidado que as equipes do instituto têm tomado na realização da coleta dos dados. “A concepção do Censo 2022 trouxe inovações no questionário para os povos e comunidades tradicionais, e dedicou um minucioso planejamento da operação nesses territórios, visando garantir não só uma coleta de informações com qualidade, bem como a disseminação dessas informações com precisão”, disse. “É por isso que sempre frisamos a necessidade de apoio incondicional da sociedade”, concluiu Azeredo.

Fonte: Assessoria de Comunicação / Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)
com informações do IBGE

Post Author: Victória Rosas

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