O governo federal criou nesta 2ª feira (9.out.2023) um grupo de trabalho para avaliar a ampliação da presença das Forças Armadas na fronteira da Amazônia Legal. A medida aumentaria em 100 km a área de defesa atual. Oficializada em publicação no DOU (Diário Oficial da União) desta 2ª, a iniciativa visa a consolidar ações de prevenção e de reação a crimes ambientais e fronteiriços no local.
O grupo de trabalho deverá apresentar conclusões em até 30 dias. Ele será coordenado pela subchefia de operações da Choc (Chefia de Operações Conjuntas), do Ministério da Defesa. Haverá ainda mais 4 representantes do ministério, além de 2 integrantes dos comandos da Aeronáutica, Exército e Marinha. As reuniões serão semanais. A proposta se soma às ações previstas no Plano Amazônia, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em julho. Ele estabelece a instalação de 34 bases integradas da Polícia Federal com as polícias estaduais, centros de comando e de cooperação internacional, além de um centro de operações da Força Nacional, todos distribuídos pelo território da Amazônia Legal.
Por diversas vezes, Lula defendeu o uso das Forças Armadas para combater crimes ambientais na Amazônia. Em julho, disse que “jogaria duro” contra o desmatamento, o garimpo e as madeireiras. “Vamos jogar muito duro não só com os instrumentos de proteção que a gente tem no Ministério do Meio Ambiente, mas a gente vai jogar muito duro com o Ministério da Justiça. Com a Polícia Federal, se for preciso, com as próprias Forças Armadas para que a gente proteja a nossa floresta de queimada, de derrubada, de madeireiros, de garimpeiros e do crime organizado que muitas vezes está dentro da floresta”, declarou em uma de suas lives semanais.
*Poder 360 e Agência Brasil