O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou nesta quarta-feira (18) a habilitação de 11 plantas frigoríficas para a Indonésia, além da possiblidade de derrubada da suspensão da exportação de três plantas para a China. O comunicado foi feito em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
O Brasil está desde 2019 sem habilitar novas plantas frigoríficas para a China. A possibilidade de abertura é para uma empresa de abate de bovinos e duas de aves. No caso da Indonésia, todas as novas habilitações são para plantas bovinas.
Também foi anunciada hoje a primeira abertura de mercado registrada pelo Brasil em 2023, que é a de algodão em pluma para o Egito.
Ao final do encontro, Fávaro destacou que essas conquistas são o sinal do retorno da credibilidade do Brasil no mercado internacional.
“É o fruto do trabalho dos empresários e dos técnicos do Ministério da Agricultura, mas também da credibilidade do presidente Lula. São ações que aconteceram nas últimas horas que mostrou que o mundo voltou a acreditar no Brasil, as oportunidades de empregos vão acontecer aqui”, disse.
Algodão
O governo egípcio, através do órgão oficial de Quarentena Vegetal, abriu o mercado para o Algodão em Pluma do Brasil, definindo os requisitos fitossanitários para a importação do produto. Essa foi a primeira abertura de mercado registrada pelo Brasil em 2023.
As negociações para a abertura do mercado iniciaram em 2006 sendo intensificadas a partir de 2020, resultando finalmente agora na abertura do mercado.
Segundo o ministro, essa abertura de mercado representa o reconhecimento da qualidade do produto brasileiro. “Quem não quer comprar uma camisa ou um lençol com a qualidade do algodão egípcio? Se o Brasil vai exportar para o Egito significa que tem qualidade, tem credibilidade e tem respeito. Ao receber essa habilitação para exportar para o Egito, recebemos a chancela de qualidade do algodão brasileiro para o mundo todo”, disse.
O Egito importa aproximadamente 120 mil toneladas de algodão em pluma anualmente, sendo os maiores fornecedores Grécia, Burkina Faso, Benin e Sudão. O Brasil pode-se beneficiar de uma janela de oportunidade entre os meses de julho e setembro, já que as exportações gregas só se iniciam em outubro. Estima-se que o Brasil tenha potencial para atender, a princípio, 20-25% da demanda egípcia.
*mapa fotos: Ricardo Stuckert