O orgulho, o amor e o sentimento de patriotismo do povo gaúcho vêm desde os primórdios da sua formação
Com os primeiros passos de luta e bravura iniciado pelos indígenas liderados pelo grande herói da resistência, Sepé Tiaraju, que liderou uma rebelião contra o Tratado de Madrid, na qual viria para substituir o Tratado de Tordesilhas, para definir limites entre as respectivas colônias sul-americanas.
Mesmo o índio Sepé Tiaraju sendo expulso de sua terra, entrou para a história do povo Rio-grandense como um ícone, um herói que fez parte da formação e identidade do território do Rio Grande do Sul, impondo resistência as tentativas de ocupação territorial, e também por ter dito em uma de suas lutas por demarcação de terras a frase: “Esta Terra tem dono”.
A coragem e a bravura do povo gaúcho vem ao longo do tempo e ficou marcada na história do RS e do país através da Revolução Farroupilha, onde os Republicanos não se intimidaram diante das forças imperiais e pelearam durante 10 anos pelos ideais farroupilhas, reforçando ainda mais a ligação do Gaúcho ao seu pago, a sua terra natal. Ligação esta atribuída até hoje, a cada dia que passa o gaúcho demonstra o orgulho e a lealdade aos seus princípios e a cultura gaúcha, que está marcada através dos hábitos e costumes das lidas dos campos.
A cultura gaúcha também é rica em versos, prosas, danças, músicas e poesias que expressam sentimentos de amor ao pago, ao cavalo e coisas do nosso rincão.
Dando fronteiras ao povo gaúcho, nossa cultura foi levada para fora do nosso Estado, Brasil a fora, invadindo a Europa através das músicas, danças tradicionais gaúchas, assim como o mais conhecido costume do Gaúcho, o famoso chimarrão, que por onde passa semeia a amizade do nosso povo.
Assim como todos os gaúchos amamos nossa terra, não importa onde estivermos estaremos assando churrasco, tomando chimarrão, usando uma bombacha, jogando truco dançando uma vaneira, até mesmo os que não são nascidos no nosso estado contagiam-se com o culto às tradições gaúchas, não se escolhendo tempo e nem lugar.
Em meio a um ano atípico onde fomos pegos de surpresa por uma grande pandemia, na qual temos que enfrentar o distanciamento social, momento de nos reinventarmos e aproveitarmos para reviver o passado e ver o resultado do nosso trabalho, 30 anos de dedicação e cultura gaúcha, convidamos a todos para reviver:
História do Piquete
Do salso chorão e das taquaras nasce uma história de amor a cultura gaúcha. Para reunir os amigos e cultivar um simples costume do gaúcho, tomar o chimarrão na tarde do dia: 17/08/1990, foi criado o Galpão Crioulo Filhos do Cerro, o então atual Posteiro Cleber Renato Oliveira Viana, com o intuito de reunir os amigos para tomar chimarrão, pediu ao senhor, hoje em memória, Sidnei Rodrigues, que no momento estava podando uma árvore de salso chorão, se ele lhe doava as madeiras, e juntamente com os amigos João Amaral e João Nunes já foram providenciando o Galpão no terreno doado pelo amigo Luiz Guilherme Ferreira.
Assim foi dado o primeiro passo para a história do piquete.
Odim Serpa Pereira (em memória), fundamental na fundação da entidade, levou o Galpão Crioulo Filhos do Cerro para filiar-se ao CTG Tradição do Rio Grande onde até hoje se orgulham em representá-los.
Este ano, que não haverá o tradicional desfile farroupilha, terão de usar a tecnologia, que o gaúcho não está muito acostumado, como forma de estarem reunidos mesmo longe um dos outros, uns gaúchos sem fronteiras em outros Estados.
Vão matar a saudade de estarem reunidos nas gauchadas, revivendo e lembrando juntos, no dia 20 de Setembro, mesmo longe com muito orgulho de serem gaúchos e de serem Filhos do Cerro e quando essa pandemia passar, todos poderão comemorar juntos, pois São José e o Patrão Velho lá de cima com certeza abençoará à todos.
Vão relembrar o passado e contar sua história para todos amigos e simpatizantes da família Filhos do Cerro através das redes sociais e através de vídeos via whatsapp, com fotografias antigas e buscando na memória como tudo era há um tempo atrás, e com certeza não irão ficar de fora dos concursos, que mesmo com está pandemia estão sendo realizados virtualmente.
Por exemplo, o concurso de declamação da 4RT, onde estão com duas prendinhas representando nas categorias Mirim e Pré-Mirim, as prendinhas Emilly Menine Viana e a Emily Thauanne Gonçalves de Castro, também o concurso de vitrinismo que estão inscritos a vitrine será montada na Empresa Interneith, na rua dos Andradas, 232 bem no centro do Baita Chão.
Com o apoio dos empresários Cátia Bianchini e Emerson Bianchini proprietários da Empresa. Claro que não deixariam de participar das Lives promovidas pela comissão dos Festejos Farroupilha, que durante toda a semana trará a nossa cultura gaúcha para dentro de nossas casas através de músicas, declamações e entre outros assuntos que serão abordados.
Em vista de todos os fatos mencionados, viverão uma Semana Farroupilha muito diferente das que estão acostumados, porém com o mesmo orgulho de nossa terra, de nossas tradições e seguirão plantando a semente da cultura gaúcha em todos os lugares, até mesmo do outro lado do mundo. Somos gaúchos e a bandeira do nosso Rio Grande do Sul será carregada com muito o orgulho, em qualquer fronteira.
Os componentes do piquete deseja a todos uma Semana Farroupilha abençoada, que possamos estar comendo um churrasco e tomando um chimarrão mesmo que sendo somente em nossas casas com nossa família para evitarmos aglomerações e espantar de vez este vírus do corona e podermos estar todos juntos novamente.
Abraços tradicionalista