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Fotógrafo Sebastião Salgado é premiado no Japão

O fotógrafo Sebastião Salgado, de 77 anos, foi um dos vencedores da 32ª edição do Prêmio Imperial do Japão, considerado como o Nobel das Artes.

Criado em 1988, o prêmio concede 15 milhões de ienes (cerca de 137.000 dólares) aos vencedores e a cerimônia de entrega acontece em Toquio, feita pelo príncipe Hitachi, irmão mais novo do imperador Akihito.

Porém, devido à pandemia, o evento não ocorrerá presencialmente este ano. Além de Salgado, que foi premiado na categoria pintura, também ganharam o prêmio este ano o escultor americano James Turrell, o arquiteto australiano Glenn Murcutt e o violoncelista Yo-Yo Ma. Não foram escolhidos artistas nas categorias teatro e cinema em decorrência da pandemia.

O brasileiro ganhou notoriedade mundial com suas dramáticas fotografias em preto e branco. Da sua obra, destacam-se as séries que ele fez de imagens dos mineiros em Serra Pelada, da devastação da natureza e do êxodo humano em diversas regiões do planeta.

Em seu mais recente trabalho, o fotógrafo retratou os povos indígenas da Amazônia e também a floresta, publicadas no livro Amazônia. “Nesse trabalho, eu quis fotografar a Amazônia viva. A Amazônia morta, destruída pelo garimpo e pelo fogo, eu não procurei”, disse Salgado recentemente em entrevista a VEJA. A série de fotografias da Amazônia, feitas entre 2013 e 2019, serão expostas no Brasil em 2022.

Salgado também é dono de outros prêmios igualmente importantes, como o Príncipe de Astúrias das Artes, World Press Photo e Overseas Press Club Of America.

Sebastião Salgado apresenta exposição sobre Amazônia em reunião do CNJ

O fotógrafo apresentou na última terça-feira (14/9), pela primeira vez, sua exposição internacional Amazônia.

Composta por 200 grandes painéis fotográficos sobre a região amazônica, a mostra será exibida durante a quinta reunião por videoconferência do Observatório do Meio Ambiente do Poder Judiciário, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), transmitida ao vivo pelo canal do CNJ no YouTube.

Entre as fotografias, estão imagens pouco conhecidas do país, de matas, rios e montanhas da Amazônia, a exemplo do Monte Roraima, localizado na Tríplice Fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana e cuja fauna e flora ainda são um mistério para a humanidade. A exposição inclui ainda imagens de tribos indígenas que habitam a Amazônia, em um modo de vida ancestral associado à natureza.

A exposição foi inaugurada em maio deste ano na Filarmônica de Paris e seguirá para outras cidades, incluindo Londres, Roma, São Paulo e Rio de Janeiro.

As fotos foram tiradas entre 2013 e 2019 durante viagens do fotógrafo à Amazônia em um registro estético que representa uma continuidade do trabalho Gênesis, sobre áreas do planeta ainda preservadas da ação humana.

 

*Veja e Agência Brasil Fotos: Divulgação e Sebastião Salgado 

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