Em resposta às devastadoras enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, as Forças Armadas Brasileiras lançaram a Operação Taquari II. A operação, iniciada no início de maio, mobiliza mais de dois mil militares das três forças — Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira (FAB) — em um esforço conjunto para resgatar vítimas, fornecer apoio médico e distribuir suprimentos essenciais às populações afetadas.
A Base Aérea de Canoas tem sido um dos principais centros de operações. Helicópteros UH-12 e UH-15, além de embarcações e viaturas, estão sendo usados para transportar medicamentos, alimentos e outras necessidades básicas para regiões isoladas devido às inundações. Em Eldorado do Sul, por exemplo, aeronaves transportaram suprimentos e resgataram pessoas presas em áreas inacessíveis por terra.
O impacto das enchentes é severo, com inúmeras cidades enfrentando isolamento devido ao transbordamento de rios e a destruição de infraestrutura. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, há atualmente 62 interdições em estradas, das quais 57 são totais, dificultando ainda mais o acesso às áreas mais necessitadas.
A FAB também lançou uma campanha nacional para coletar donativos, como roupas, colchonetes, água potável e alimentos não-perecíveis, destinados às vítimas das enchentes. Os pontos de coleta estão localizados em várias bases aéreas, incluindo Brasília, São Paulo e Galeão.
O governo federal estabeleceu um comando conjunto em Porto Alegre para coordenar os esforços de socorro, com a presença de ministros e autoridades da Defesa Civil. “Nosso foco total agora é salvar vidas e levar água e alimentos para quem está precisando,” disse o ministro Paulo Pimenta durante uma visita à região.
A Operação Taquari II segue em curso, com as Forças Armadas trabalhando incansavelmente para mitigar os efeitos das enchentes e restaurar a normalidade nas comunidades afetadas.
