A iniciativa vem sendo celebrada por representantes do setor, que tem no apoio do Governo do Estado um grande aliado na luta para transformar o Amazonas em uma zona livre da doença.
Com o início da primeira fase da campanha “Amazonas sem Febre Aftosa” na última segunda-feira (15/03), a meta estabelecida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), é de imunizar aproximadamente 600 mil cabeças de gado durante esta etapa. A vacinação faz parte do processo de erradicação da doença, status que o Amazonas está perto de atingir, e que traz como consequência uma série de benefícios para os pecuaristas em todo o estado.
Durante a cerimônia de abertura da campanha, realizada na Fazenda São Bento, situada no município de Iranduba (distante 27 km de Manaus), o Governador Wilson Lima destacou que um dos principais benefícios ao setor, com a erradicação da febre aftosa, é a valorização do gado, o que pode trazer lucro para os pecuaristas, além da consequente geração de empregos.
“O que vocês estão fazendo aqui é proteção às pessoas, porque isso aqui significa geração de emprego e renda, significa o sustento de famílias e quanto mais a gente avança na questão da sanidade animal, a gente garante valor agregado a esse produto, a gente consegue colocar em outros estados e consegue também colocar em outros países”, disse o governador.
Para o pecuarista Oswaldir Bento, proprietário da Fazenda São Bento, uma das principais preocupações do setor com a doença é a velocidade com a qual ela se espalha pelo organismo do animal, o que pode acarretar em um surto em todo o gado. Nesses casos, os prejuízos são enormes.
“O gado emagrece, até morre, e quando há o surto, é obrigação do pecuarista sacrificar o gado. Então veja o quanto é prejudicial. Se você tiver que sacrificar o gado, sem direito a nada, à remuneração nenhuma, acaba com a pecuária”, destaca.
Por isso, a iniciativa vem sendo celebrada por representantes do setor, que tem no apoio do Governo do Estado um grande aliado na luta para transformar o Amazonas em uma zona livre da doença. Segundo Bento, esse suporte, por meio da campanha de vacinação, traz um sentimento de segurança aos pecuaristas.
“A gente está entusiasmado, inclusive, pela união de todos os departamentos aqui conosco, inclusive temos a presença do nosso governador, isso nos fortalece como produtores rurais. É a melhor coisa, o governo empenhado nos dá a garantia, a certeza de que vamos, em breve, chegar lá”, celebra o pecuarista.
Reconhecimento
Desde agosto de 2020, 13 municípios amazonenses contam com o status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa): Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Ipixuna, Itamarati e parte de Tapauá.
Em maio deste ano, esses municípios devem ser reconhecidos internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). A chancela internacional dará respaldo para que as ações do Governo do Amazonas possam ser ampliadas, fazendo com que em breve todo o estado não precise mais da vacina, algo que também representa economia, segundo Wilson Lima.
“O pecuarista geralmente tem gasto para comprar a vacinação e quando esse animal tem o risco de ser acometido por algum tipo de doença, isso é um prejuízo a mais, porque é um animal que não vai ter condição de produzir leite ou estar apto para corte. Enfim, quando a gente garante essa sanidade animal, além de estar agregando valor a esse animal, a gente também está diminuindo os custos do pecuarista”, destacou o governador.
FOTOS: Diego Peres / Secom
*Com informação da Assessoria de Imprensa