Embrapa, Mapa e setor produtivo apontam potencial de bioinsumos em reunião

Foi realizada nesta segunda-feira (7) a reunião on-line do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Fiesp que serviu para fomentar o debate do tema central, sobre o uso de bioinsumos na agricultura brasileira e discutir a contribuição e impacto das inovações na produção vegetal e animal.

Participaram da reunião o secretário adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do MAPA, Cléber Soares; o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, e os representantes da Biotrop, Marcelo Morandi; Antônio Carlos Zem, da Koppert do Brasil; Gustavo Herrmann e da Nutron Cargill, Celso Mello Junior.

Na abertura, o presidente do Conselho, Jacyr Costa, agradeceu a participação de representantes de diversos setores das cadeias produtivas do agronegócio e destacou a importância de se debater sobre o uso dos bioinsumos, uma vez que representa o futuro da atividade agrícola brasileira.

Para contribuir com as discussões, Cléber Soares apresentou o primeiro tema, abordando a “Política Nacional de Bioinsumos”.

Cléber explicou que o objetivo principal da Política é impulsionar a utilização de recursos biológicos na agropecuária brasileira, aproveitando a biodiversidade do país e o potencial de inovações presentes nas instituições públicas e na indústria de insumos, como biopesticidas e biofertilizantes.

Lembrou que, no Brasil, a agricultura é a base da economia e a bioeconomia será a grande alavanca para manter o país como protagonista no agronegócio global.

Em seguida, Marcelo Morandi falou sobre o “Desenvolvimento e uso de biofertilizantes e inoculantes na agricultura brasileira”. Apresentou o tamanho e distribuição do mercado global de biofertilizantes e destacou as denominadas cadeias emergentes de produtos considerados alternativos, oriundos de resíduos das cadeias agrícolas e pecuárias, urbanos e subprodutos das agroindústrias e alimentícias, ou ainda os biossólidos, oriundos dos sistemas de tratamento de efluentes e esgoto.

Na sua apresentação, Morandi explicou que esse fato está muito relacionado com a política ambiental nacional e com a falta de incentivos fiscais e financeiros para a viabilização de alternativas de uso dos subprodutos e resíduos.

Nesse cenário de desafios e oportunidades, a Embrapa tem destacado a contribuição, fornecendo subsídios técnicos para elaboração de propostas e de políticas públicas que beneficiam as cadeias produtivas e impactam a competitividade do agronegócio brasileiro.

Na sequência, o tema abordado foi a “Utilização de biodefensivos na agricultura”, apresentado em conjunto por Antônio Carlos Zem,  CEO da Biotrop, e por Gustavo Herrmann, diretor comercial da Koppert do Brasil. Zem ressaltou que as grandes culturas, soja, milho e cana colocaram o Brasil na liderança do uso de insumos biológicos.

Para ele, enquanto o setor de defensivos químicos cresce 3% a.a., o setor de insumos biológicos deve crescer algo em torno de 30%. Herrmman parabenizou o Mapa e a Embrapa pelo apoio na criação da Política Nacional de Bioinsumos e a iniciativa de se discutir o tema na reunião como ferramentas importantes para contribuir na escalada dos bioinsumos na agricultura brasileira.

Por fim, Celso Mello Junior, CEO da Nutron Cargill, abordou “Como as inovações na produção animal estão colocando o Brasil em outro patamar de profissionalismo”, enfatizando a necessidade do desenvolvimento contínuo de inovações para acompanhar todas as exigências e novas demandas dos consumidores.

 

*Com informações da Embrapa Fotos: Reprodução e Divulgação 

Post Author: Bruna Oliveira