O mamão encontra-se entre as frutas mais afetadas pela redução dos voos comerciais. Diante do inverno e da demanda já restrita pela crise, os produtores de hortaliças folhosas continuam no processo de redução de área, que tem garantido uma sustentação dos preços
Com a retomada das atividades no continente europeu, os produtores brasileiros de frutas esperam que a demanda por exportações se aproxime do ritmo normal nas próximas semanas. É o que mostra o boletim semanal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que traz o comportamento dos preços e da produção de algumas culturas no período de 22 a 26 de junho.
Segundo a publicação, nas três primeiras semanas deste mês, houve redução de 25% em valor e 17% no volume de exportações totais de frutas na comparação com o mesmo período de 2019. O mamão encontra-se entre as frutas mais afetadas pela redução dos voos comerciais.
Hortaliças
Diante do inverno e da demanda já restrita pela crise, os produtores de hortaliças folhosas continuam no processo de redução de área, que tem garantido uma sustentação dos preços.
Outras hortaliças registram redução de preço ao longo do mês, atrelada ao comportamento sazonal de produção, ao passo que a demanda tem se sustentado em baixa. No caso da cenoura, produtores vivenciam preços baixos em decorrência da pandemia e temem margens negativas, pois a produção da safra de inverno ainda não entrou no mercado e pode intensificar a desvalorização.
Já os produtores de cebola lidam com a redução dos preços no mercado nacional devido à intensificação da colheita no Vale do São Francisco (BA/PE), Irecê (BA) e em Cristalina (GO). Com a maior oferta nacional, a importação da Argentina, que já estava limitada pelas medidas de contenção do país vizinho, praticamente finalizou.
A CNA continua mapeando as medidas que os produtores rurais estão tomando para superar a crise econômica e os impactos que ela tem causado no setor de frutas e hortaliças. Como mais uma iniciativa, está apoiando a pesquisa da revista Hortifruti Brasil do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que trata dessas questões.
Texto com informação da Assessoria
Fotos: Reprodução